De volta ao começo

Quase 11 meses após o Brasil passar a enfrentar a pandemia de Covid-19, o planeta arroz está diferente. Em 15 de março de 2020, das 8h ao meio-dia, parte das indústrias vendeu o equivalente a dois meses de produção, as encomendas não paravam e o Brasil entrou em pânico. As pessoas enchiam os carrinhos de alimentos nos supermercados, temendo desabastecimento. O mundo parou.

Não faltaram alimentos, afinal, o agro não para. Seja porque os estoques eram altos, o clima neutro antecipou e acelerou a colheita recorde, o setor rizícola não falhou com a sociedade. Os preços dispararam, a saca chegou a R$ 120,00 em algumas regiões depois de iniciar 2020 em R$ 45,00. Exportamos quase 1,7 milhão de toneladas. Mas, importamos também em nome da segurança alimentar. E descobrimos produzir um dos melhores arrozes do mundo.

Em 2021, os preços arrancam ao redor dos R$ 90,00 no Sul do Brasil, entre 80% e 100% mais valorizados. Se em 2020 menos de 10% dos produtores obtiveram médias acima de R$ 60,00 – inferiores ao custo – o início de colheita indica que estes terão mais fôlego.

Os custos aumentaram, o consumo estagnou, o Mercosul colhe menos com menores estoques, mas acabaram-se os auxílios sociais, o câmbio oscila, a inflação voltou. Os desafios são outros. O mundo mudou e o arroz também. O produtor de alimentos só pode evoluir. Que bom que estamos juntos para contar mais essa história e revelar como essa cadeia produtiva supera obstáculos e projeta o seu futuro.

Boa leitura!

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