Déficit hídrico traz incertezas

As situações mais críticas estão em São Borja, Itaqui e São Gabriel, onde as barragens apresentam volume de água inferior a 30%.

A falta de chuvas continua preocupando os orizicultores da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. A apreensão aumentou principalmente entre os produtores de São Borja. O diretor do Irga no município, Edson Prado, diz que os mananciais hídricos só são suficientes para irrigar 50% das lavouras. ‘Só estaria garantido o plantio de 20 mil hectares’, diz. O déficit em toda a região é de mais de 500 milímetros de chuvas, que mantém as barragens com menos de 30% de sua capacidade.

Mesmo assim, o presidente do Irga, Pery Coelho, se mantém otimista e diz que é muito cedo para alarmar-se. ‘A área deverá ser a mesma de 2003, com 1,4 milhões de hectares. Talvez, os produtores que plantariam no cedo, plantarão mais tarde, até novembro’. Coelho afirma estar confiante no mês de setembro, considerado um período propício para chuvas, ‘Acredito em São Pedro e em São Miguel’.

O diretor de mercados da Federarroz, Marco Aurélio Tavares, discorda ‘Se a situação permanecer por mais dois meses haverá redução de até 20% da área’. Sobre o início do plantio, diz que o momento é de indefinição. ‘Se ocorrer fora de época há chances de queda de produtividade’, alerta e acrescenta: ‘os agentes financeiros estão condicionando o custeio à garantia de água’.

O engenheiro agrônomo do Núcleo de Informações Estruturais e Conjunturais da Emater, Gianfranco Bratta, declara que a falta de água afetará a lavoura não apenas na hora da irrigação. ‘Neste momento, precisamos pensar que caso o solo permaneça sem umidade, o arroz não germinará’.

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