Demanda baixa interrompe altas sucessivas de preço
Apesar das divergências quanto ao volume produzido no Rio Grande do Sul, colaboradores do Cepea ainda consideram que os dados oficiais estão perto do real, 8 milhões de toneladas (Conab), que, somado à redução da exportação brasileira e ao aumento da importação de arroz, não deve dar sustentação aos preços no segundo semestre de 2013.
O enfraquecimento da demanda no início desta semana interrompeu as altas no preço do arroz em casca que eram verificadas desde o início de abril. Entre segunda-feira e ontem, o Indicador do Arroz em Casca Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58% de grãos inteiros) caiu 0,77%, fechando a R$ 33,48/saca de 50 kg, porém, no acumulado do mês, ainda apresenta crescimento de 3,27%.
Apesar das divergências quanto ao volume produzido no Rio Grande do Sul, colaboradores do Cepea ainda consideram que os dados oficiais estão perto do real, 8 milhões de toneladas (Conab), que, somado à redução da exportação brasileira e ao aumento da importação de arroz, não deve dar sustentação aos preços no segundo semestre de 2013. Além disso, no final da primeira semana de maio (dia 9), o governo federal abriu a possibilidade de realizar leilão de venda de arroz em casca se o preço pago ao produtor atingir os R$ 34,00/sc de 50 kg. (Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br)
3 Comentários
Colegas arrozeiros: que este tipo de notícia, cujo objetivo é segurar a recuperação dos preços pagos ao produtor, nos sirva de alerta no momento em que estamos planejando a próxima lavoura. Não devemos aumentar a área. Um milhão de ha é o nosso teto! Quem ainda não fez soja na várzea, experimente. Vai ganhar dinheiro. E nunca mais vender arroz ao governo.
Abraço
Está certo o comentarista acima, pois enquanto não diversificarmos as formas de aplicação do arroz em outros usos como a ração animal, o pão/bolacha, etanol etc, mantendo somente a visão da “panela/saquinho”, teremos que planejar a área a ser cultivada com o “freio de mão puxado”. Por um lado é uma pena, pois temos conhecimento e tecnologia de plantio e colheita para o arroz, apenas não estamos querendo avançar na direção do consumo. Claro, que a diversificação com a soja e a pecuária é bem-vinda por inúmeros fatores, agronômicos e econômicos, mas temos que trabalhar muito, sem dúvida, outras formas de consumo para o arroz.
Concordo plenamente com os comentarios dos Srs, Fernando Hoebe e Jose Nei, Acho injusto é alguns grandes produtores de arroz da minha região que não querem plantar soja se aproveitarem do momento de preços favoraveis do arroz e aumentarem area em detrimento dos pequenos e medios que estão diversificando. Deveriam os limites de crédito serem divididos entre arroz e outras culturas para cada arrozeiro.