Dia Mundial da Segurança Alimentar e o protagonismo dos orizicultores
(*Por Octavio Torres Júnior) Em 7 de junho é celebrado o Dia Mundial da Segurança Alimentar. A data foi criada por resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2018. O principal objetivo é chamar a atenção e inspirar ações para ajudar a prevenir, detectar e gerenciar riscos de origem alimentar, contribuindo para a segurança dos alimentos, saúde humana, prosperidade econômica, agricultura, acesso a mercados, turismo e desenvolvimento sustentável.
Dentre todos aspectos, uma cultura importante e que agrega todos os propósitos da celebração é a do arroz. O grão é considerado um dos alimentos mais importantes para a nutrição humana.
De acordo com a Organização Mundial de Alimentação e Agricultura (FAO), é o segundo cereal mais cultivado no mundo e o principal alimento para mais da metade da população mundial, pois é rico em carboidrato, principal nutriente gerador de energia para o corpo humano e fonte de energia para o cérebro. Também é um grande aliado na busca por uma alimentação mais saudável.
Esses são apenas os pontos de saúde humana e segurança do alimento do arroz.
Mas a alimentação saudável e segura só é possível graças aos orizicultores, produtores que acreditam no arroz e trabalham diariamente para cultivar o alimento que abastece mais da metade da população do planeta com qualidade, mesmo com os desafios climáticos ou de pragas da cultura. Eles são responsáveis por essa importante roda que, além de produzir alimento, faz girar a economia do agronegócio com faturamento expressivo e gera comércio, empregos, entre outras
contribuições econômicas e sociais.
O arroz tem 90% de sua produção nos países asiáticos. No mundo, ocupa uma área de quase 163 milhões de hectares. No Brasil, os produtores são protagonistas desta história, pois tornam o país o maior produtor e consumidor do grão fora da Ásia e o décimo maior produtor mundial. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra 2021/22 de arroz será de 10,7 milhões de toneladas, dessas, 9,9 milhões de toneladas são de cultivo irrigado e 0,8 milhão de toneladas de áreas com plantio de sequeiro.
O arroz brasileiro já é reconhecido em muitos países pela qualidade e sanidade. O sistema de produção dos orizicultores também é modelo na área de sustentabilidade, pois a cada safra aumentam a utilização de soluções e ferramentas com menor impacto ambiental. Atualmente, alguns produtores já reutilizam materiais antes descartados como, por exemplo, a casca do arroz em bioinsumo para geração de energia elétrica. Tudo para produzir o melhor grão e de maneira sustentável, por isso é essencial acreditar no arroz.
Temos que ter orgulho dos nossos produtores que são referência mundial, principalmente, no Dia Nacional da Segurança Alimentar, que reforça as questões alimentares, sociais e econômicas da orizicultura.
* Octavio Torres Júnior é engenheiro agrônomo e gerente de marketing de campo da Linha Arroz da Corteva Agriscience.