Dias melhores virão
Setor produtivo crê
em um 2013 de preços
também remuneradores.
“O desafio é manter o volume de exportações e uma oferta ajustada do grão, o que não depende apenas dos agricultores, mas de uma conjuntura que envolve desde a política cambial até o comportamento do clima”, explica Renato Rocha, presidente da Federarroz. De qualquer maneira, a entidade acredita que o Rio Grande do Sul reduzirá em 14,5% a área cultivada na próxima safra, de 1,053 milhão de hectares para perto de 900 mil.
Para Rocha, entre 80% e 90% da área reduzida (153 mil hectares) será destinada ao cultivo de soja em várzea. Na safra passada, esta cultura alcançou 156 mil hectares em terras baixas no Rio Grande do Sul e, numa estimativa prévia, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) acredita que passará de 200 mil hectares em 2012/13, pois valorizou quase 60% desde a colheita. “E estamos considerando que haverá uma recuperação dos mananciais hídricos na primavera, que no momento estão muito abaixo do seu nível histórico, depois de dois anos de estiagem muito forte”, revela o dirigente.
Para Renato Rocha, mantido o cenário de um bom fluxo de exportação, safra mais ajustada e renegociação das dívidas dos arrozeiros, que está prevista para outubro, num plano federal, pode-se arriscar um palpite de preços médios entre R$ 28,00 e R$ 34,00 para a saca de arroz de 50 quilos (58×10) branco fino para o ano que vem. “Esta é a média que deverá se manter até o final deste ano também. Talvez até com uma valorização maior, se for mantido o cenário atual”, acredita.
CUSTO
Segundo a Conab, os custos totais de produção oscilam de R$ 26,56 a R$ 28,64 por saca no estado, sendo que os gastos variáveis vão de R$ 21,37 a R$ 26,74. O Irga os estimou em R$ 28,56 em 2011/12, mas em 2010/11 chegaram a R$ 30,00. Para a próxima safra, deve aumentar novamente, pois alguns insumos chegaram a ser reajustados em mais de 20%.