Dólar estanca queda do arroz, mas não chega a impulsionar preço

Na média, o arroz beneficiado comprado nos países do Mercosul ficou 2,2% inferior à referência interna.

A recente valorização do dólar em relação ao real conseguiu estancar a tendência baixista do arroz verificada no início deste mês. “Mas, até o momento, não foi suficiente para dar um novo impulso para as cotações”, destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento.

Na quinta-feira (17), a média de preços no Rio Grande do Sul ficou em R$ 49,16 pela saca de 60 quilos do grão em casca, com queda 0,91% em relação ao mesmo período do mês passado. “A paridade de importação continua sendo a referência para a formação de preço interno”, lembra.

Na média, o arroz beneficiado comprado nos países do Mercosul ficou 2,2% inferior à referência interna. “O país precisa acelerar o ritmo das aquisições externas nos últimos meses”, lembra. “Assim, é normal que as opções internacionais estejam atrativas”, pondera. “Porém, qualquer alargamento desse spread em favor do produto importado acabará impactando negativamente as cotações domésticas”, frisa.

Afora isso, os agentes seguem acompanhando a evolução do plantio nas principais regiões de produção. As chuvas acima do esperado e a ocorrência de frio nos próximos dias preocupam. Mas, a partir de dezembro, as precipitações devem reduzir e as temperaturas se elevar, o que deve favorecer o desenvolvimento das lavouras.

Segundo a Equipe de Política Setorial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), o Estado tinha 82,71% da área plantada com arroz na safra 2016/17 até o dia 17 de novembro. Foram plantados 902.707 hectares. Na semana anterior, o percentual semeado era de 74,81%. A área total no estado deve ser de 1,091 milhão de hectares.

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