É para a frente que se anda

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Crescimento da safra nacional ficará entre
8,5% e 14% segundo
projeção da Conab
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 A colheita de arroz do Brasil na temporada 2016/17 vai crescer no mínimo 8,4% e no máximo 13,9% segundo o levantamento da safra de grãos de verão divulgado no dia 10 de novembro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estimativa é de que a temporada arrozeira produza entre 11,496 e 12,081 milhões de toneladas graças a um clima mais favorável que deve predominar na Região Sul e ao aumento da área de cultivo no Rio Grande do Sul, que produz mais de 70% do arroz nacional. As regiões de produção de arroz irrigado seguem avançando sobre o plantio de sequeiro e terras altas.

No ciclo 2015/16 foram colhidas 10,6 milhões de toneladas do cereal por causa, principalmente, do clima adverso provocado pelo fenômeno El Niño. Chuva em excesso e pelo menos três enchentes de proporções históricas atrasaram o plantio, as operações de manejo e o ciclo do cereal. Cerca de 33 mil hectares foram perdidos e uma parte importante da lavoura foi replantada, gerando uma produção cerca de 1 milhão de toneladas abaixo do volume de consumo anual do país.

No levantamento de campo, os técnicos da Conab apuraram que a intenção de plantio fica entre 1,985 e 2,094 milhões de hectares. Portanto, a área pode reduzir 1,1% ou até crescer 4,3% sobre os 2,007 milhões de hectares de superfície semeada no ano passado. Com a previsão de um clima mais favorável também cresce a expectativa de uma produtividade melhor em 9,4%, passando de 5.281 quilos por hectare para 5.778. Essa melhora é puxada pelo Sul, que produz arroz irrigado e com alta tecnologia, mas também há evolução nas variedades e sistemas utilizados no Maranhão, Tocantins, Roraima e algumas regiões do Nordeste.

FIQUE DE OLHO
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima a safra nacional de arroz 2017 em apenas 11,3 milhões de toneladas, com aumento de 8,8%, e rendimento médio de 5.840 quilos por hectare (7,3% acima da temporada anterior). Para o instituto, a lavoura nacional deverá encolher 1,2%, especialmente no Sudeste, Centro-Oeste e no Nordeste. Para o Rio Grande do Sul prevê a produção de 8,3 milhões de toneladas em área a colher de 1,1 milhão de hectares. O rendimento estadual deve ser o maior do Brasil, com 7.616 quilos por hectare. A safra projetada é 10,5% maior do que a colhida em 2016, com avanço de 2,3% em área e 8% em rendimento por hectare. Embora pertencentes ao governo federal, Conab e IBGE utilizam critérios de pesquisa diferentes, razão da discrepância nos números projetados.

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