Eficiência a caminho

 Eficiência a caminho

Variedades: mais produtivas e resistentes

Arrozeiros terão variedades mais produtivas e resistentes a partir de 2007
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Se depender da qualidade das sementes que serão lançadas ao solo brasileiro a partir de 2007, as próximas safras nacionais serão muito mais produtivas e terão muito mais qualidade. Pelo menos 13 novas variedades de arroz irrigado e de terras altas estão sendo lançadas pelos centros de pesquisas brasileiros. Trata-se de um reforço importante às tecnologias agregadas à lavoura arrozeira. Embrapa, Irga (RS), Epagri (SC), Epamig (MG) e as privadas AgroNorte e RiceTec estão acrescentando novas e importantes alternativas ao produtor. 

Todas as variedades apresentam características de maior produtividade e melhor qualidade de grãos, maior resistência às pragas, além de qualidades diferenciadas, como as variedades híbridas, adaptadas ao frio, mais tolerantes a algumas doenças e características de solo, a herbicidas, entre outras. A pressão sobre os centros de pesquisas é muito grande, à medida que o manejo para altas produtividades evolui nas áreas irrigadas, doenças e pragas se tornam mais importantes em algumas regiões e, no sistema de terras altas, é exigida maior eficiência de produção e qualidade. 

O presidente do Irga, Maurício Fischer, destaca a importância do lançamento de novas cultivares desenvolvidas a partir dos programas de melhoramento genético de arroz das instituições públicas e privadas no Brasil. “Algumas variedades têm limitantes, sejam eles de ordem natural, climáticas ou mercadológicas. Assim, a demanda dos centros de pesquisa está aumentando grada-tivamente, pois a ciência precisa responder com alternativas a esses limitantes”, explica. É o caso, por exemplo, da toxidez por ferro, em algumas regiões gaúchas, e da limitação pelo frio, principalmente na fronteira com o Uruguai. “Estamos lançando variedades com melhor qualidade de grãos e até mais produtivas do que as anteriores, como forma de suprir os produtores gaúchos com mais uma alternativa de material para a sua lavoura”, destacou. 

TERRAS ALTAS – No Centro-oeste, a demanda por novas variedades é ainda mais preocupante do que nas regiões de produção irrigada do Sul. Limitados a praticamente só duas variedades, Cirad 141 e Primavera, os produtores demandam uma variedade que reúna características das duas: tenha a rusticidade e a produtividade do Cirad e a qualidade industrial e de panela do Primavera. Este é o maior desafio da pesquisa na região. As novas variedades prometem reduzir a diferença entre essas cultivares. E aproximar mais as variáveis de qualidade.

Fique de olho
O efeito das novas variedades na safra 2007/2008 ainda não expressará todo o seu potencial por falta de sementes. Mesmo com multiplicação em estados do Norte e Nordeste do Brasil, os centros de pesquisas do Sul estimam atender apenas 20% a 25% da demanda inicial dos produtores pelas novas variedades. No Centro-oeste, a demanda é ainda maior, pois a variedade Cirad 141, que tem bom desempenho no campo, continua marginalizada por sua baixa qualidade industrial e de panela, e a variedade Primavera, que preenche esses requisitos, é menos produtiva e mais exigente do ponto de vista agronômico.

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