Ele voltou
O arroz vermelho volta a ameaçar a orizicultura gaúcha
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As lavouras de arroz do Rio Grande do Sul voltaram a conviver com uma ameaça grave à produtividade e qualidade do grão produ-zido: o arroz vermelho. O uso indevido e incorreto das tecnologias disponíveis tornou o produtor gaúcho o principal responsável pelo atual nível de infestação. O arroz vermelho é a principal planta daninha infestante das lavouras de arroz irrigado e a que mais limita seu potencial de produtividade. A invasora está presente na totalidade das regiões arrozeiras, com compro-metimento de 20% das áreas de arroz do Rio Grande do Sul, segundo levantamento do Irga.
Segundo o pesquisador José Mauro Guma, do Irga, com o advento da tecnologia Clearfield essas áreas que antes eram comprometidas e inviabilizavam o cultivo de arroz voltaram a produzir arroz de boa qualidade com uma produtividade, em muitos casos, 100% superior. “Ou seja, uma área que produzia quatro toneladas por hectare passou a produzir oito toneladas”, destaca. É importante ressaltar que ao comercializar sua produção o produtor ainda era descontado pelo percentual de arroz vermelho que a carga continha quando chegava à indústria.
Com a possibilidade do controle químico do arroz vermelho, aliado ao uso da tecnologia do Projeto 10 do Irga, o agricultor gaúcho tornou-se muito competitivo, ganhando espaço no mercado nacional com um produto de custo mais baixo e de alta qualidade. Basta perceber a evolução da produtividade do Rio Grande do Sul nas últimas quatro safras, saltando de 5,2 toneladas por hectare (safra 2003/2004) para sete toneladas por hectare na safra 2007/2008.
REGRAS – Guma alerta, porém, que para obter sucesso com o sistema Clearfield algumas regras básicas devem ser seguidas, como usar sementes certificadas (e nunca sementes contaminadas com grãos de arroz vermelho), aplicar o herbicida recomendado na dosagem indicada junto com o adjuvante, realizar o controle precoce das plantas daninhas e a irrigação precoce no estágio V3 (3º – folha) do arroz; controlar os escapes de arroz vermelho e não utilizar a tecnologia Clearfield por mais de duas safras seguidas na mesma área. Qualquer uma destas regras que não for seguida rigorosamente poderá pôr em risco a eficiência desta tecnologia e isto pode ser percebido em algumas lavouras do Rio Grande do Sul na safra 2008/2009.
FIQUE DE OLHO
A semente é o principal meio de difusão de novas tecnologias, mas a semente comum ou salva de má qualidade é o principal meio de difusão de grãos resistentes de arroz vermelho e por conseguinte da inviabilidade do uso da tecnologia Clearfield. Em mais de 10 anos de acompanhamento da Rede de Laboratórios de Análises de Sementes (LAS) do Irga é possível observar que a semente salva, ou comum, é sempre de pior qualidade do que a oficial. Das amostras de sementes oficiais que passam pela Rede LAS/Irga, 85% são isentas desta invasora, enquanto que a comum, ou salva, tem 55% das amostras contaminadas com vermelho e a maioria delas em alto grau de contaminação. Salvar semente é o barato que sai caro no final das contas.
O Irga realiza o monitoramento nas áreas de risco, ou seja, aquelas áreas que não seguiram corretamente as regras do sistema Clearfield, para identificar o nível de infestação das lavouras. Este monitoramento consiste em coletar grãos de arroz vermelho dos escapes da planta daninha em áreas que cultivaram o sistema CL por mais de dois anos. Na safra 2006/2007 foram coletadas 228 amostras de grãos de arroz vermelho em áreas de risco no Rio Grande do Sul e 55,7% delas apresentaram resistência ao herbicida Only.
Na safra 2007/2008 a situação é ainda mais preocupante. Das 273 amostras de grãos de arroz vermelho coletadas em áreas de risco do RS, 70,7% apresentaram resistência. Na depressão central foram coletadas 118 amostras. 113 delas apresentaram resistência ao herbicida Only, ou seja, 95,8% das amostras eram resistentes. “É importante salientar que este trabalho é dirigido para as amostras de grãos de vermelho das áreas de mau uso da tecnologia CL”, destaca o pesquisador José Mauro Guma, do Irga.
O Irga na safra 2008/2009 realizou outro monitoramento para observar a qualidade das sementes que os produtores estão utilizando. E para isto foram coletadas amostras das sementes que efetivamente os produtores utilizaram para estabelecer as lavouras. A depressão central e a planície costeira interna foram as regiões que apresentaram a menor percentagem de amostras de sementes oficiais, 30% e 12,5% respectivamente, e o maior percentual de amostras de sementes contaminadas com arroz vermelho, 55,5% e 85,7%, respectivamente. “Pode-se traçar um paralelo entre a resistência do arroz vermelho ao herbicida Only com a qualidade das sementes utilizadas”, afirma Guma.
LUCRO – Quem utilizou a tecnologia CL como uma ferramenta de manejo para o controle do arroz vermelho, introduziu a rotação de culturas e respeitou as regras do sistema CL, não enfrenta e nem enfrentará tão cedo este problema. A semente representa 3% do custo total de produção. Um quilo de semente certificada custa 2,50 quilos de arroz comércio. Ou seja, se o produtor utilizar 80 quilos/hectare de semente certificada, ele estaria utilizando o equivalente a 200 quilos/hectare de arroz comercial, enquanto se fosse utilizada a semente salva este mesmo produtor estaria semeando a uma taxa de 150 quilos/hectare. Usar semente certificada custa R$ 25,00/hectare a mais. O impacto sobre o custo total de produção é inferior a 1%. O perigo de perda da tecnologia CL é real. Se não houver consciência da seriedade do problema estará em risco a sustentabilidade da lavoura de arroz do RS.
UMA PERGUNTA
Qual o procedimento para quem já possui o arroz vermelho resistente ao herbicida Only?
A utilização de doses do herbicida além do recomendado, como duas, três e até quatro, ou até mais, como alguns agricultores utilizaram nesta safra, não controlará as plantas de arroz resistentes. Se não houve controle com um litro por hectare, igualmente não haverá com quatro litros/hectare. O aumento da dose é com certeza a pior estratégia neste caso. As alternativas viáveis segundo o Irga são as seguintes:
>>> Preparo antecipado do solo, estimulando a germinação das plantas de arroz vermelho e plantas espontâneas de arroz com controle químico pelo uso do glifosato.
>>> Pousio com preparo de verão e controle mecânico ou químico das plantas espontâneas.
>>> Rotação de culturas: uso de soja transgênica (RR) por duas ou três safras consecutivas para controle das plantas daninhas.
>>> Utilização da tecnologia CL seguindo corretamente as regras do sistema, semente certificada, controle precoce das plantas daninhas com o herbicida recomendado e na dose indicada e o adjuvante na dose correta e irrigação precoce.
Arroz vermelho causa prejuízo em pelo menos 50% das lavouras do estado
O arroz vermelho (Oryza sativa L.) é considerado a planta daninha que causa mais danos à orizicultura gaúcha e catarinense. Os dois estados possuem 43% da área plantada com arroz no Brasil e são responsáveis por 70% da produção nacional. Além de competir com o arroz comercial, reduzindo a produtividade das lavouras, a variedade vermelha misturada com arroz branco pode reduzir o preço de comercialização e aumentar os custos de produção devido às práti-cas adicionais de controle adotadas pelo produtor.
Há um tipo de arroz vermelho preferido em algumas regiões do Nordeste, sendo bastante usado para o preparo do arroz-de-leite com sal, ao contrário do doce, comum no restante do Brasil. No entanto, no sul do país as variedades que ocorrem são consideradas uma praga que acarreta prejuízos a produtores, industriais e consumidores. Além disso, as variedades tradicionais debulham mais, produzem menos, têm maior altura e no momento de industrializar é necessário maior polimento para retirar a camada vermelha do grão, ocasionando a quebra.
E o pior é que como pertence à mesma família e o cruzamento com o arroz branco é corriqueiro, a infestação é cada vez maior e já existem variedades de vermelho iguais às plantas de branco, de porte baixo e com resistência a herbicidas, o que complica ainda mais o controle. A variedade não tem valor comercial ou aceitação, já que o hábito alimentar da maioria da população é consumir o arroz branco. A própria classificação oficial exclui o vermelho.
Em Santa Catarina o arroz vermelho já infesta a maioria das áreas cultivadas com arroz irrigado. O estado é o segundo produtor nacional e a expectativa da safra 2008/2009 é de 1,037 milhão de toneladas, conforme o levantamento da Conab. A orizicultura catarinense ocupa 152,5 mil hectares, conduzida em 100% no sistema de cultivo pré-germinado. Esta prática é um dos conjuntos de técnicas de plantio adotadas em áreas sistematizadas onde as sementes, previamente germinadas, são lançadas em quadros nivelados e inundados.
O sistema é atualmente uma alternativa viável para lavouras que apresentam problemas de produtividade, principalmente pela presença de arroz vermelho. Ainda assim o controle da invasora tem se mostrado difícil pelo elevado grau de infestação das áreas contaminadas. O pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) em Itajaí, José Alberto Noldin, explica que o cereal vermelho constitui-se na principal causa de redução de produtividade nas lavouras do estado. Ele estima que essa planta daninha cause dano econômico entre 15% e 20% em pelo menos 50% da área cultivada.
Segundo ele, mais de 200 mil toneladas de arroz deixam de ser produzidas anualmente na mesma área cultivada. “Estes prejuízos são da ordem de R$ 64 milhões anuais para os orizicultores catarinenses. Deve-se considerar ainda os prejuízos indiretos causados pela depreciação no preço pago pelas indústrias, bem como os custos adicionais no processo de beneficiamento em equipamentos para a eliminação do arroz vermelho misturado ao comercial”, avalia.
O principal mecanismo de disseminação do arroz vermelho ocorre pelo uso de sementes de arroz contaminadas pela planta daninha. Dentre as dificuldades de controle em áreas infestadas destacam-se a elevada capacidade de degrane natural e o elevado grau de dormência das sementes do arroz vermelho.
Conforme Noldin, as principais alternativas de controle desta erva daninha nas lavouras de arroz irrigado em Santa Catarina incluem a utilização de sementes isentas de vermelho e o uso do sistema pré-germinado. “O sistema com manejo adequado da água de irrigação, ou seja, inundação contínua, propicia um bom controle. No entanto, também neste caso o uso contínuo do método tem resultado no aparecimento de tipos de arroz vermelho capazes de germinar até mesmo em lâmina de água”, ressalta.
Um aspecto positivo, de acordo com o pesquisador, é que no estado cerca de 80% dos produtores utilizam sementes certificadas, isentas de arroz vermelho. “Este é o melhor método para reduzir as infestações nas lavouras. No ano de 2007 também foi disponibilizada aos agricultores a cultivar SCS 115 CL para uso no sistema Clearfield. Esta é a tecnologia mais eficiente de controle de arroz vermelho em lavouras comerciais. É necessário destacar, no entanto, que nenhum método representa a solução do problema de forma definitiva. É importante o emprego de vários métodos de forma integrada ou em rotação”, informa.
De acordo com Noldin, felizmente em Santa Catarina ainda não foi registrada a ocorrência de arroz vermelho resistente ao herbicida Only. No entanto, ele reconhece que isto pode ser uma questão de tempo em razão da constatação de uso na última safra de grãos da cultivar SCS 155 CL como sementes. “Constatamos ainda no campo a falta de cuidado de muitos produtores, permitindo que as plantas de arroz vermelho não controladas produzam sementes, com consequente risco de proliferação de invasora resistente”, observa.
O pesquisador alerta que o uso de grãos como sementes ou de sementes piratas pode colocar em risco todo o trabalho desenvolvido nos últimos 25 anos pela Epagri, pelo Sindarroz-SC e pela Associação dos Produtores de Semente de Arroz de Santa Catarina (Acapsa), que trabalham para melhorar a qualidade das sementes utilizadas pelos produtores.
RECOMENDAÇÕES
A Epagri recomenda as seguintes práticas em áreas infestadas com arroz vermelho:
>>> Utilização do sistema pré-germinado, com inundação contínua.
>>> Uso de sementes certificadas, isentas de arroz vermelho. Em SC é proibida a presença de arroz vermelho na semente certificada.
>>> Uso do sistema Clearfield também com o emprego de sementes certificadas da cultivar SCS 115 CL e seguindo rigorosamente as recomendações do sistema, incluindo a eliminação das plantas remanescentes de arroz vermelho. Desta forma o produtor irá preventivamente minimizar os riscos de cruzamentos e consequente transferência da resistência para a erva daninha.
>>> No caso do sistema Clearfield recomenda-se eliminar a resteva após a colheita, sem cultivo da soca. O rebrote do arroz e cultivo da soca possibilitam um aumento nos riscos de ocorrência de cruzamento entre o vermelho e a cultivar CL.
Tolerância zero
Campanha mobiliza empresas, entidades e produtores no combate ao arroz vermelho
Agora é guerra total. Durante a 19ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, realizada em Cachoeirinha (RS), foi lançado o movimento Todos Unidos contra o Arroz Vermelho. Trata-se de uma campanha informativa e educativa que visa conscientizar todos os elos da cadeia produtiva sobre o problema do arroz vermelho, uma invasora de difícil controle tanto pelo elevado grau de infestação nas áreas contaminadas quanto pela resistência a herbicidas.
A iniciativa conta com o apoio do Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul), Associação dos Produtores de Semente de Arroz de Santa Catarina (Acapsa) e as empresas RiceTec e Basf. O objetivo é assegurar a sustentabilidade e o desenvolvimento de toda a cadeia arrozeira através do uso correto da tecnologia Clearfield, desenvolvida pela Basf, no combate ao arroz vermelho.
“Esta campanha visa atingir todas as pessoas que de alguma forma estão envolvidas com a cultura do arroz, através de todos os meios possíveis: revendas, universidades, cooperativas, produtores, técnicos, sindicatos, federações, entidades e outras. A ideia é multiplicar a mensagem em palestras, dias de campo, experimentos e reuniões”, explica o gerente de marketing arroz de proteção de cultivos da Basf, Andréas Schultz.
O diretor-técnico do Irga, Valmir Menezes, observa que o arroz vermelho acarreta prejuízos para toda a cadeia produtiva, pois além das perdas decorrentes da competição exercida pela invasora devem ser consideradas as perdas indiretas. “A infestação provoca elevação do custo de produção, depreciação do valor comercial das áreas de cultivo e comercial do produto colhido, desgaste do equipamento e diminuição da capacidade de geração de empregos no campo e na agroindústria. No passado o arroz vermelho inviabilizou 20% das lavouras no Rio Grande do Sul e atualmente corresponde a 1,4 milhão de toneladas ou aos preços atuais equivalentes a R$ 970 milhões”, avalia.
Estudos realizados pelo Irga mostram que a resistência da invasora ao uso da tecnologia Clearfield registrou aumento significativo no estado nas safras 2006/2007 e 2007/2008. De acordo com a pesquisa, todas as regiões do Rio Grande do Sul, com exceção da fronteira-oeste, registraram um incremento da resistência do arroz vermelho ao herbicida Only. Para Valmir Menezes, este quadro reforça a necessidade de conscientizar o produtor gaúcho sobre o uso adequado desta tecnologia.
A campanha também apresenta algumas recomendações importantes para evitar o arroz vermelho nas lavouras gaúchas. “Primeiramente, todos precisam entender que a disseminação do arroz vermelho resistente é um grande problema que tem que ser enfrentado e que a semente é uma das principais vias de disseminação. Portanto, os produtores de arroz só devem utilizar semente certificada”, destaca o presidente da Apassul, Narciso Barrison Neto.
SEM RESTRIÇÕES
O sistema de produção Clearfield foi desenvolvido por meio de métodos convencionais de melhoramento genético. A característica de resistência ao herbicida Only foi obtida por meio da seleção de plantas de arroz tolerantes, diferentemente dos transgênicos (OGM), onde genes de outras espécies são introduzidos na cultura alvo. Esta tecnologia vem sendo utilizada no Brasil desde 2003, assim como nos Estados Unidos, Itália, Costa Rica, Argentina, Uruguai e Colômbia, sem qualquer restrição no mercado.
O herbicida Only também faz parte do sistema de produção Clearfield. Trata-se de um herbicida sistêmico, pós-emergente, que é prontamente absorvido pelas folhas, reduz custos e evita reinfestações na cultura de arroz.
Em 2005 a Basf iniciou testes a campo no Brasil com a variedade Puitá Inta CL com o objetivo de agregar produtividade e qualidade para o sistema Clearfield. A variedade foi desenvolvida em parceria com o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta), sediado na Argentina. Atualmente a Puitá Inta CL responde por cerca de 10 mil hectares de áreas comerciais e três mil hectares de produção de sementes no Rio Grande do Sul.
Para a próxima safra a empresa espera ter semente certificada disponível para atender cerca de 200 mil hectares com esta variedade, além de mais aproximadamente 150 mil hectares com semente certificada das variedades Irga 422 CL e SCS 115 CL e híbridos da RiceTec.
Clearfield é uma alternativa
Por ser da mesma espécie do arroz cultivado, o manejo de áreas infestadas com arroz vermelho requer uma combinação de diferentes práticas culturais. Uma das mais recentes alternativas no controle desta invasora consiste na utilização do sistema de produção Clearfield, que combina cultivares e híbridos resistentes ao herbicida da Basf para o controle do arroz vermelho utilizando um programa de monitoramento.
O sistema é um dos grandes responsáveis pelo aumento da produtividade de arroz no Rio Grande do Sul justamente pelo controle do arroz vermelho. “Antes do Clearfield em áreas infestadas com a erva daninha não se colhia mais do que quatro toneladas por hectare, sendo que com o uso correto da tecnologia foi possível obter até oito toneladas por hectare nessas mesmas áreas”, lembra o gerente de marketing arroz de proteção de cultivos da Basf, Andréas Schultz.
O uso inadequado do sistema Clearfield, de acordo com Schultz, é o principal fator do aparecimento de arroz vermelho resistente a herbicidas. Segundo ele, a utilização de sementes não certificadas também pode disseminar a invasora resistente, colocando em risco a única alternativa disponível para o controle da invasora nas lavouras de arroz irrigado.
As recomendações para evitar a infestação do arroz vermelho começam pelo planejamento da lavoura. “Nunca se deve semear 100% da área com materiais Clearfield. A qualidade da semente é ponto fundamental – sempre utilizar sementes certificadas isentas de arroz vermelho -, usar adequadamente o herbicida registrado nas doses recomendadas, fazer o manejo correto da água, controlar os escapes (catação manual e uso da barra química), rotacionar o sistema Clearfield e limpar as máquinas, canais, drenos e estradas. Além disso o produtor deve sempre consultar a assistência técnica”, aconselha Schultz.
Compromisso – Na avalia-ção do gerente de projeto Clearfield de proteção de cultivos da Basf, Airton Leites, é necessário que todos os elos da cadeia produtiva do arroz estejam comprometidos para assegurar que as lavouras fiquem livres dessa planta daninha. “Vale ressaltar a importância de conscientização para o uso de herbicida registrado, nas doses recomendadas, manejo de água e observar o controle de escapes, buscando a sustentabilidade do setor”, complementa Leites.