Elevada demanda e baixa oferta elevam preços internacionais em junho

Os preços pouco competitivos e as escassas disponibilidades exportáveis vêm fazendo com que os Estados Unidos percam mercado, afirma o pesquisador do Cirad (França).

Os preços internacionais do arroz subiram em junho, resultado da combinação de uma forte demanda e uma restrita oferta global.

– A pressão sobre os preços mundiais deve continuar até a chegada progressiva da segunda colheita asiática, no final de julho. Não obstante, este retorno da oferta poderia ser insuficiente para reverter a tendência altista devido ao incremento da demanda global – avalia Patrício Mendez Del Villar, do Cirad, no InterArroz, relatório divulgado em primeira mão pelo Arroz Brasileiro.

Na Tailândia, o arroz Tai 100%B ficou em US$ 336/tonelada Fob, enquanto o quebrado A1 Super subiu para US$ 261/t. No Vietnã, o Viet5% esteve ao redor de US$ 305/t e o Viet 25%, US$ 289/t em junho.

Já nos Estados Unidos, o arroz Long Grain 2/4 caiu para US$ 411, contra US$ 415 em maio, em meio a um mercado calmo. Os preços pouco competitivos e as escassas disponibilidades exportáveis vêm fazendo com que os Estados Unidos percam mercado, afirma o pesquisador do Cirad (França).

Leia na íntegra a análise de Patrício Mendez Del Villar em:

http://www.arroz.agr.br/site/interarroz/zip/ia0607pt.pdf

No mercado doméstico, algumas praças gaúchas registraram alta na média de junho, em relação a maio, como Pelotas (6,7%), São Lourenço do Sul (4,5%) e Santo Antonio da Patrulha (4,5%). Outras regiões, como Alegrete e Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, e Barra do Garça e Sinop, no Mato Grosso, tiveram variação positiva inferior a 1%. O movimento baixista foi sentido com mais força em Bagé (-2,5%) e São Borja (-3,6%), no Rio Grande do Sul, e no sul catarinense (-3,9%). Em todo o país, a negociação foi bastante lenta ao longo de junho. Confira mais cotações no nosso site!

Porém, na última semana do mês, observou-se leve aquecimento no mercado do arroz em casca no Rio Grande do Sul. Segundo a análise semanal de Cleiton Santos, a greve dos fiscais federais reteve e impediu novos pedidos de arroz uruguaio e argentino, principalmente beneficiado. Isso elevou a demanda pelo arroz gaúcho, sobretudo no Litoral Norte e Fronteira, e provocou o aumento dos preços. Mas Santos faz uma ressalva: “os analistas de mercado não estão confiantes que esta ligeira alta vá se sustentar para uma recuperação gradual”.

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