Em Corrientes, Argentina, estimam perda de mais de 50% na produção de arroz

 Em Corrientes, Argentina, estimam perda de mais de 50% na produção de arroz

Lavoura de arroz atingida pela seca em Corrientes, Argentina. Foto: Divulgação

(Rádio Sudamericana, Corrientes, ARG) A situação da produção de arroz continua crítica em Corrientes, já que se estima uma perda de 50% da colheita devido à seca, o que foi confirmado à Sudamericana por Pedro Tomasella, da Associação Correntina de Arrozeiros.

“Quando acabar a campanha, mais de 50% da produção será perdida, essa perda deve-se à seca, falta água e acabaram-se todas as reservas de água”, disse o arrozeiro. Assegurou ainda “há 50 anos que me dediquei à produção de arroz e nunca vi nada assim”.

Haverá 471 mil toneladas a menos de arroz por causa da seca em Corrientes

Sobre as medidas de ajuda ao sector por parte do governo nacional e provincial, destacou “aprovada a lei de emergência da província, seria necessário que a Nação tomasse medidas para ajudar e que as províncias não tenham de enfrentar tudo porque há vários setores produtivos com demandas”.

Qualidade do Arroz

Christian Jetter, engenheiro agrônomo e secretário da Associação Correntina dos Produtores de Arroz (ACPA) explicou “será uma campanha muito enxuta na produção de arroz, plantou-se menos, e o que mais afetou foi a continuidade da seca”.

Questionado sobre quantos hectares vão deixar de ser colhidos nesta época, o produtor garantiu não esperar que se venham a colher mais de 50.000 hectares na província, com os quais, do normal, que costuma ser 90.000. “Penso que serão colhidos mais de 50 mil hectares e aí com muita perda de desempenho dentro dessa área, então os dados que o governador disse vão estar bem próximos da realidade”. Quanto à qualidade do arroz desta época ter sido afetada, Jetter respondeu “se for vendável, não vamos ter a qualidade habitual. Em muitos hectares perdeu-se a qualidade, mas no resto haverá. Além disso, o arroz de Corrientes em geral usa poucos agroquímicos e isso nos permite acessar mercados onde outros produtos derivados do arroz não entram”.

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