Em forte alta, saca de arroz vai a R$ 24,68

Segundo o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a saca de arroz é comercializada a R$ 24,68, com forte alta de 6% nos primeiros três dias do mês
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A cotação do arroz gaúcho disparou esta semana em um claro reflexo da forte alta dos preços no mercado internacional. Em pleno pico de colheita, os preços continuam com comportamento firme e a entrada da nova safra não interferiu no mercado. Segundo o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a saca de arroz é comercializada a R$ 24,68, com forte alta de 6% nos primeiros três dias do mês.

Para o diretor comercial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Rubens Silveira, os produtores estão utilizando os Empréstimos do Governo Federal (EGF) para gerenciar a oferta.O diretor ressalta que os estoques das indústrias estão abaixo da média histórica e que o cenário aponta por uma grande demanda.

– Os arrozeiros estão entusiasmados também com o comportamento do mercado internacional – afirma.

Em Uruguaiana, a saca de 50 quilos, com 58% de grãos inteiros é vendida a R$ 23,50. Na Zona Sul do Estado, a cotação está em R$ 25,50. Conforme o diretor do Irga, os negócios acontecem em pequenos volumes.

– Os produtores gaúchos estão acreditando em uma melhora na cotação e não estão aceitando negociar pelos patamares atuais – explica.

Apesar da alta, o preço ainda não cobre o custo de produção da cultura, estimado pelo Irga em R$ 26,28.

Mercado internacional

Com países como Vietnã, Tailândia e China taxando as exportações de arroz, houve uma grande valorização do grão no mundo nos últimos 15 dias. Em mercados importantes, como o dos Estados Unidos e da Tailândia, o preço estava em torno de 550 dólares no final da semana passada. Mas ontem houve uma nova alta, com a tonelada do arroz americano sendo comercializada a 760 dólares e o tailandês a 795 dólares.

Segundo o assessor de mercado do Irga, Tiago Barata, o aumento está ligado ao avanço das culturas bioenergéticas e também a produção, que é insuficiente para abastecer a demanda mundial.

– Os países estão utilizando os estoques e, com isso, os preços internacionais aumentam – alerta, ressaltando que os principais vendedores estão taxando as exportações para não que o preço interno não aumente.

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