Emater/RS projeta semeadura em 66% no Rio Grande do Sul
(Por Emater/RS) A semeadura do arroz alcança cerca de dois terços da área prevista no Rio Grande do Sul, mas o ritmo varia entre as regiões em função das condições de umidade do solo. O predomínio de tempo seco nas últimas semanas favoreceu a operação, especialmente nas áreas que vinham apresentando atraso em decorrência do excesso de chuvas desde o início da primavera.
A implantação da cultura ocorre tanto em áreas de plantio em solo seco quanto em sistemas pré-germinados, os quais têm permitido o aproveitamento de janelas curtas de semeadura em condições de solo saturado. A baixa umidade do solo, em algumas regiões, tem limitado a continuidade do plantio. Em função dos níveis reduzidos de umidade, os produtores aguardam a ocorrência de precipitações para que não seja necessário fazer uso de irrigação durante os estágios de germinação e emergência.
De modo geral, as lavouras implantadas encontram-se em fase inicial de desenvolvimento vegetativo, com bom estabelecimento e estande uniforme. O manejo da irrigação para estabelecimento de lâmina d’água nos talhões ainda está incipiente. A área a ser cultivada está estimada em 920.081 hectares pelo Irga. A produtividade está estimada pela Emater/RS-Ascar em 8.752 g/ha.
O período foi de intensa atividade de semeadura, favorecida pela sequência de dias secos.
Na Fronteira Oeste, a implantação apresentou amplo avanço: em Uruguaiana, foram semeados 77% dos 71 mil hectares previstos; em Barra do Quaraí, 84% dos 23,2 mil hectares projetados. Em São Borja, a semeadura foi realizada em turno extra, pois o excesso de umidade anterior à operação causou atrasos, e apenas 22% de 33, mil hectares foram implantados.
Na Campanha, em Dom Pedrito, o plantio está mais avançado % de 3 mil hectares estimados , recuperando o atraso inicial, provocado pela baixa precipitação menos de 30 mm no mês . A irrigação começa a ser estabelecida em áreas pontuais. Na de Pelotas, a semeadura atinge aproximadamente 90% da área estimada. O clima seco e as temperaturas elevadas têm favorecido a realização das operações de preparo de solo, nivelamento e a construção de taipas.
As lavouras estão em fase vegetativa, apresentando desenvolvimento dentro da normalidade. Em áreas com solo excessivamente seco, o início da irrigação deverá ocorrer em breve para garantir o vigor inicial das plantas.
Na região de Santa Maria, a semeadura foi realizada em aproximadamente um terço da área, e está mais adiantada no sistema pré-germinado. As condições de umidade seguem heterogêneas, mas o desenvolvimento das lavouras implantadas está satisfatório. As chuvas frequentes mantêm o solo excessivamente úmido, restringindo a entrada de máquinas e atrasando a implantação da cultura.
Em Garruchos, a semeadura ainda não foi iniciada, e a expectativa é de redução da área cultivada e da produtividade devido à limitação do calendário agrícola.
No Baixo Vale do Rio Pardo, a semeadura atinge 40% da área prevista. As chuvas pouco expressivas das últimas semanas têm favorecido a entrada de máquinas e o avanço dos trabalhos. As áreas com sistema pré-germinado apresentam bom estabelecimento, e as de semeadura em solo seco encontram-se em fase de germinação e emergência, com estande uniforme. O zoneamento agrícola indica janelas de semeadura de setembro até dezembro, conforme o grupo de cultivares utilizado.


