Embrapa vê alinhamento às expectativas

 Segundo pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijão consultados para o estudo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), “a projeção para a produção de arroz ao longo da próxima década está alinhada às expectativas”. No entanto, é importante lembrar que esse comportamento dependerá de alguns condicionantes para ser confirmado, dentre os quais cabe destacar a transmissão de preços entre os mercados internacional e nacional de arroz, bem como os custos de produção nacionais, os quais apresentam-se elevados em relação a competidores asiáticos.

Os fertilizantes, por exemplo, oneram significativamente os custos de produção e são, na sua maioria, produzidos a partir de matérias-primas importadas. Se a tendência recente de ampliar a participação do arroz irrigado na produção nacional de arroz perdurar, provavelmente em não mais do que 10 anos teremos quase a totalidade do arroz brasileiro sendo produzido em áreas irrigadas principalmente por inundação.

Outro aspecto que pode ter influências significativas sobre a cadeia do arroz é a política tributária e fiscal que incide sobre o setor, principalmente as diferenças nas alíquotas praticadas entre estados produtores e consumidores.

FIQUE DE OLHO
O trabalho “Projeções do agronegócio – Brasil 2015/16 a 2025/26” é uma visão prospectiva do setor, base para o planejamento estratégico do Mapa. Para sua elaboração foram consultados trabalhos de organizações brasileiras e internacionais. O trabalho tem como objetivo indicar direções do desenvolvimento e fornecer subsídios aos formuladores de políticas públicas quanto às tendências dos principais produtos do agronegócio.

Cenário

O cenário das projeções encontrado em 2016 durante a elaboração do relatório era de conivência com uma redução da safra de grãos no Brasil em relação à obtida em 2015. Secas e excessos de chuvas ocorridas em diversas fases das culturas levaram a redução da safra de grãos em 2,5% em relação ao ano passado segundo estimativas da Conab 2016. Os preços agrícolas no Brasil para os principais grãos e carnes mostraram-se, em geral, bastante acima dos níveis históricos e também em relação aos preços de 2015.

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