Encontro na Embrapa sobre Arroz de Terras Altas reúne cadeia produtiva da cultura
(Por Embrapa Arroz e Feijão) A Embrapa Arroz e Feijão realizou uma visita técnica em sua sede, em Santo Antônio de Goiás, no dia 07 de março, quando recebeu produtores de grãos e de semente de arroz certificados pela Empresa, representantes da indústria arrozeira e técnicos de instituições parceiras. Com o tema: “Arroz em sistemas de intensificação sustentável, um horizonte real para a sua produção”, a ação teve por objetivo a aproximação com toda a cadeia produtiva e interessados na cultura do Arroz de Terras Altas, apresentando as tecnologias inovadoras desenvolvidas no centro de pesquisa, com foco no melhoramento genético, manejo e fitossanidade.
Os visitantes tiveram contato direto com tudo o que está sendo realizado no momento em estudos com Arroz de Terras Altas na Embrapa, diretamente no campo, onde os trabalhos acontecem e a equipe busca desenvolver as inovações. A abertura do evento foi conduzida pela chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Unidade, Ana Luiza Borin, que agradeceu a presença de todos, ressaltando a importância das ações conjuntas na transformação do Brasil em uma potência na produção de grãos. “É um prazer muito grande nos reunirmos com vocês para compartilharmos informações. A Embrapa está completando meio século de existência e nossa Unidade fazendo 49 anos. Nosso sucesso em todo esse tempo está na parceria com produtores, indústria e técnicos, no desenvolvimento de soluções para a agricultura”, afirmou Ana Luiza.
Em seguida, Adriano Castro e Rodrigo Sérgio, que coordenaram a visita ao lado de Isabela Furtini, Heloísa Célis e Patrícia Barcelos, abriram as apresentações, com um breve detalhamento do que poderia ali ser encontrado. As palestras ficaram ao encargo do técnico agrícola Cleiciomar de Almeida e dos pesquisadores Mábio Chrisley, Marta Cristina Fillipi e Paulo Hideo, que trouxeram as informações agronômicas dos experimentos com mais de três mil linhagens e cultivares de Arroz de Terras Altas, observados nos 13 hectares da Fazenda Capivara dedicados aos trabalhos do melhoramento da cultura atualmente.
Para Adriano, a ideia desse evento foi promover a compreensão da importância do arroz dentro do sistema de produção, como uma opção rentável, sustentável e que traz uma série de benefícios. “Você planta o arroz, ganha dinheiro com isso e ele ainda vai deixar uma palhada extremamente significativa no solo e vai quebrar doenças de soja ou de feijão”, afirma o pesquisador. Segundo os técnicos da Embrapa, o arroz pode ser inserido depois de pastagem degradada, após a soja, milho para semente, depois de cebola e uma infinidade de outras opções. “As pesquisas conseguiram promover benefícios não só para essa cultura, especificamente, mas para todas as outras que estão envolvidas nessa rotação”, concluiu Adriano.
Após as palestras, o grupo iniciou a caminhada pelos plots com os experimentos de arroz. Além das cultivares já disponíveis no mercado, todos puderam conhecer, em primeira mão, características agronômicas de materiais que ainda não foram lançados, novas linhagens que, num futuro próximo, farão parte do portfólio da Embrapa e se tornarão opções para todas as partes do país com áreas dedicadas à produção em sequeiro, sob a ótica de sua inserção no sistema de produção, em rotatividade, em especial, as Regiões Centro-Oeste e Norte.
Para o Engenheiro Agrônomo Hélcio Umeno, da Apsi Consultoria, a cultura do arroz, que tinha a tradição de ser adotada em abertura de novas áreas, pelo baixo custo, tornou-se atrativa ao mercado, apresentando interessantes características agronômicas e ganho financeiro. “Atualmente é uma Cultura nobre, de alto nível de produtividade, muito maior que antes, que rentabiliza muito bem, permitido sua inserção no sistema de rotação em pivô central, concorrendo em igual nível com a soja, o milho ou o feijão”, afirma Hélcio.
O ponto principal do programa de melhoramento genético de Arroz de Terras Altas está em Santo Antônio de Goiás, mas a Embrapa tem pesquisadores em diversas outras partes do país, como Sinop, no Mato Grosso, e Vilhena, em Rondônia. Cabeça Branca, Di Solo, Fatoria, Grandi, Marambaia e Suprema foram as empresas produtoras de sementes que estiveram presentes no evento.