Entre otimismo e pessimismo, mercado de arroz reage

 Entre otimismo e pessimismo, mercado de arroz reage

(Por Cleiton Evandro dos Santos -AgroDados/Planeta Arroz) Uma conjuntura de recuperação do dólar, retração da oferta e avanço das compras por indústrias médias e pequenas gerou, na semana passada, um cenário de reação das cotações do arroz em casca no Rio Grande do Sul. Foi um alívio para o setor produtivo, depois de junho ter registrado uma queda superior a 12% no indicador de preços regionais do arroz em casca. A segunda-feira (12) trouxe o mercado mais estudado e com muitas sondagens, mas poucos negócios.

São reportados negócios entre R$ 70,00 e R$ 73,00 na Depressão Central, R$ 73,00 e R$ 75,00 para arroz com maior percentual de inteiros no Litoral Norte, e também na Zona Sul. Na Fronteira Oeste indústrias ofertando R$ 72,00 para liquidação de produto nos armazéns não obtiveram oferta dos produtores. Mesmo a R$ 74,00 poucos negócios foram efetivados. Os volumes de comercialização realizada ainda são baixos. As grandes indústrias saíram do mercado e estudam o comportamento dos preços esta semana.

O segmento industrial mantém dupla preocupação. A primeira porque o valor de comercialização para o varejo não está remunerando o valor da matéria-prima, a segunda porque as exportações seguem travadas e com um salto no custo de contêineres (o que afeta muito mais o arroz branco) que está retirando a capacidade do Brasil competir em mercados importantes em que as beneficiadoras locais abriram espaço, como é o caso do Peru.

Diante deste cenário, os analistas – e a própria cadeia produtiva – se dividiram entre os otimistas e os pessimistas. O carregamento de boa parte da colheita para o segundo semestre é fator de preocupação – bem como a grande safra do Mercosul. Já os otimistas acreditam que o câmbio, uma retomada do consumo interno e da demanda mundial poderão deflagrar uma recuperação mais robusta nos preços.

O fato é que depois de perder 12% de preços em junho, na maior das quedas desde meados de 2017, o indicador teve recuperação de 1% nos 12 primeiros dias de julho e segue buscando seu ponto de equilíbrio.

PREÇOS AO CONSUMIDOR

Embora tenham surgido mais ofertas, algumas delas abaixo de R$ 16,00 pelo pacote de arroz do Tipo 1, de cinco quilos, em Recife e Porto Alegre, nota-se que as máximas e médias baixaram em São Paulo e no Rio de Janeiro. O valor de referência, ao consumidor, se manteve em R$ 24,00.

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