Equador põe Brasil na lista de prováveis fornecedores de arroz

 Equador põe Brasil na lista de prováveis fornecedores de arroz

Segundo o ministro da Agricultura do Equador, Eduardo Izaguirre, a importação de arroz não afetaria os agricultores equatorianos. Foto: API

(Por Planeta Arroz) O Brasil entrou na lista de prováveis fornecedores de arroz do Equador, país da América do Sul que anunciou a necessidade de realizar importações para assegurar seus estoques reguladores que estão significativamente mais baixos frente a problemas climáticos que têm impactado suas safras. Com a primeira importação de 30 mil toneladas de arroz da Colômbia, o governo espera que o quintal seja vendido por US$ 46 no Equador. O ministro da Agricultura indicou que a importação não seria apenas da Colômbia, mas também da Argentina, Uruguai e Brasil.

A $ 46 seria o preço de varejo do quintal de arroz que viria inicialmente da Colômbia como parte de uma primeira importação, cerca de 30.000 toneladas, e que chegaria nos próximos dias. A informação é do ministro da Agricultura e Pecuária, Eduardo Izaguirre.

“O preço de varejo seria de US$ 46. A ideia é que em outros países e na própria Colômbia reduzamos esse preço. Todo o continente neste momento tem problemas com o arroz, por isso vamos colocar o preço ao nível dos nossos preços normais, entre $32 e $35”, assegurou.

O ministro indicou que “a Colômbia é o fornecedor inicial” do arroz que empresas privadas importariam para abastecer o mercado equatoriano e espera-se que esta primeira compra seja de 30.000 toneladas “para estes dias e continuará semanalmente” até que seja alcançado que “o preço nivela”, então “pode ​​chegar provisoriamente a 120.000 toneladas” nas importações.

Menor oferta de arroz e oscilações de preços começam a ser percebidas nas gôndolas dos supermercados

Mas a compra não seria só do país vizinho, segundo Izaguirre, pois eles estão trabalhando de perto com Argentina, Uruguai e Brasil porque “também são produtores” e estão analisando se têm capacidade para exportar, o preço e o prazo . “Temos que fazer um timing, de forma que haja uma concatenação dessa importação”, disse o ministro em entrevista à Ecuavisa.

O presidente Guillermo Lasso garantiu nesta quarta-feira, 21 de junho, que a importação de arroz “é um fato” e acrescentou que é para proteger os consumidores. “Se o preço subir, teremos que importar arroz para manter os preços”, disse o presidente após participar do evento do Dia da Aviação em Guayaquil.

Questionado se é uma escassez e não um entesouramento das indústrias, o presidente respondeu: “Não quero especular, mas com a importação o preço do arroz vai cair”, disse, acrescentando que as compras serão feitas pelo setor privado.

A medida que estão tomando agora é “o posto do que pode ser um déficit”, segundo Izaguirre, que explicou os motivos. “No verão, no Equador, normalmente são plantados 150.000 hectares de arroz, no momento, com os últimos dados que tive, são 72.000 hectares plantados, temos que promover o plantio neste mês e no próximo”, afirmou.

O ministro também garantiu que essa importação de 30 mil toneladas de arroz da Colômbia não afetará a safra de julho dos produtores equatorianos. Isto porque “estão a fazer um acompanhamento (uma medição semanal) dentro da produção e do déficit e continuamos a medir permanentemente os hectares plantados para saber o posterior abastecimento”, segundo o responsável.

Nos cálculos que têm sido feitos, “o único mês que apresenta um pequeno déficit é julho, e estamos a evitar que possa haver um pouco mais em agosto e por isso vamos continuar as importações”, afirmou.

O funcionário estatal também reiterou que apenas o setor privado se encarregará de importar e terá que se ajustar à medida que o Equador for retirando sua produção.

Ele também indicou que o produto a ser importado será de melhor qualidade. “Hoje é o arroz de melhor qualidade, porque tem que competir nas gôndolas dos supermercados”, disse.

Tradings que operam no Brasil, Argentina e Uruguai têm se movimentado no sentido de buscar negociações com as empresas equatorianas, que podem se revelar um destino importante para volume de até 200 mil toneladas a serem escoadas do Mercosul, segundo fontes do setor.

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