Equador precisa de arroz e Uruguai pode vender

 Equador precisa de arroz e Uruguai pode vender

Foto: El País

(Por Rurales El País) A redução temporária da Tarifa Externa Comum de 38% no Equador aumenta a esperança de poder colocar cerca de 70.000 toneladas de arroz naquele mercado.

Em 11 de julho, no âmbito do trabalho conjunto entre o Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca e o Ministério das Relações Exteriores, a Comissão de Comércio Exterior do Equador ordenou a redução a 0% da tarifa e a suspensão da aplicação do Acordo Andino Regime de Escalão de Preços de importação de arroz de consumo, de forma a poder importar 63.246 toneladas de cereais até 31 de Dezembro do corrente ano.

A redução tarifária complementou a autorização fitossanitária obtida com base no trabalho técnico dos Ministérios de Pecuária e Agricultura do Uruguai e do Equador.

O Equador é autossuficiente em arroz, não importa há 18 anos, conseguiu um equilíbrio em sua produção. Devido a uma pausa na colheita, abre-se uma oportunidade para o Uruguai poder atender às necessidades que terá durante este semestre do ano.

“O fato de ter baixado a tarifa é a possibilidade de fazer negócios, se não fosse alcançado era impossível. No momento em que o Equador começou a solicitar volumes de arroz, as indústrias uruguaias perceberam que tínhamos uma tarifa externa de 38% que nem o Brasil nem a Argentina tinham e que nos deixava fora do mercado”, lembrou Freddy Lago, presidente da Associação dos Produtores de Arroz Arroz (ACA).

Segundo disse Lago ao Rurales El País, “as indústrias já cotaram e é possível que consigamos captar alguns negócios. O volume que o Equador está demandando não é tão significativo, mas ajuda”, acrescentou o responsável pela Lago.

Do seu ponto de vista, a médio e longo prazo, “Equador e Colômbia, além de algum outro país dessa região, serão compradores de arroz. Essa redução tarifária é pontual, mas gerando fluxo comercial e com o produto de boa qualidade que o Uruguai exporta, abre possibilidades de maior sustentabilidade no negócio daqui para frente”, comentou Lago.

Do lado produtivo, o setor vem sofrendo com problemas de falta de água. Há 50% da área que é irrigada por barragens e o produtor sempre semeia a superfície que pode irrigar.

“As reservas de água são suficientes para irrigar 60% da área. Não é normal termos água tão ruim nesta época”, lembrou o responsável da ACA.

A semeadura está definida em 30 de setembro e ainda há possibilidades de conseguir captar mais volume de água para garantir a irrigação do cereal.

produtor de alta qualidade

No mundo são produzidos 420 milhões de toneladas de arroz, mas apenas 25 milhões são comercializados, sendo que desse número, o Uruguai participa com quase 1.000.000 de toneladas, número que representa aproximadamente 4% do comércio mundial. O Uruguai é o sexto produtor mundial do cereal e produz de alta qualidade

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