Estamos no caminho certo!
Em janeiro de 2013, iniciamos as atividades do projeto Brazilian Rice, portanto, neste início de 2014 estamos completando um ano de atuação. Conveniado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – Apex-Brasil e a Associação Brasileira das Indústrias de Arroz – Abiarroz, o Brazilian Rice tem como objetivo principal a promoção das exportações do arroz brasileiro industrializado e de produtos derivados do arroz.
Recebemos, desde a fase de elaboração, o importante apoio das entidades que representam o setor em toda sua cadeia. Apoio que demonstra a importância do nosso objetivo e a maturidade dos elos desta cadeia. Mas a maior demonstração de envolvimento tem sido dada pelas indústrias e cooperativas, alvo principal desta iniciativa, com suas participações efetivas nas ações propostas. Iniciamos o projeto com 23 empresas e hoje são 29. Entretanto, não é a quantidade que conta, mas a qualidade deste grupo empresarial, que compete ente si, mas também coopera para mostrar ao mundo a qualidade do arroz brasileiro. Foram realizadas 12 capacitações durante o ano que passou e em nenhuma delas houve participação inferior a 20 empresas. Serão, ao todo, oito estudos de mercado, focados nos nossos países-alvo. Contamos com a parceria do Instituto Rio Grandense do Arroz – Irga, que nos apoia nas capacitações e estudos de mercado.
Participamos de feiras internacionais, realizamos projeto comprador e prospecções de mercado, com o intuito de vender, mas também de nos aprimorarmos para as novas etapas e desafios do Brazilian Rice. Além dessas ações, a Apex-Brasil tem se dedicado intensamente a proporcionar oportunidades para divulgarmos a qualidade e competitividade dos produtos brasileiros para o mundo. Projeto Carnaval, projeto Copa do Mundo e projeto Formula Indy são só alguns dos eventos que serão realizados durante 2014 com apoio da agência.
Mas o que todas essas ações, envolvimento das empresas e oportunidades têm nos mostrado?
O Brasil é um player recente no mercado internacional de arroz, portanto, ainda precisamos investir e utilizar todas as ferramentas que estiverem ao nosso alcance para criarmos nossa imagem de país exportador. Compradores que nos visitam ainda se surpreendem com nossa produtividade, tecnologia e produção sustentável. Precisamos nos posicionar e mostrar exatamente como queremos ser reconhecidos. Devemos continuar enfrentando as dificuldades de infraestrutura, que são reconhecidas internacionalmente e que afetam diretamente nosso desempenho nas exportações. Infelizmente, no exterior somos questionados com espanto sobre os altos custos brasileiros e sobre a dificuldade, muitas vezes em função do câmbio, de nos mantermos e desenvolvermos um mercado de forma apropriada.
Caso do mercado sul- africano, no qual disputamos preço, pois nossos concorrentes lá permanecem de forma constante, fidelizando suas marcas junto aos consumidores, enquanto somos um fornecedor eventual. Além da infraestrutura de portos e rodovias, enfrentamos outro desafio, que é incentivar nossos governantes a praticarem relações internacionais eficazes, que produzam acordos comerciais com efeitos práticos. Estamos defasados neste campo se comparados com outros países.
Precisamos também dar muito valor ao nosso produto arroz e aprender a agregar valor a ele, produzindo aqui no Brasil as inúmeras opções de produtos derivados. As prateleiras de supermercados em todo o mundo estão repletas de bolachas, salgadinhos, bebidas, óleos e vinagres de arroz..
A embalagem é outro quesito que podemos melhorar. Foi possível ver na Feira Internacional de Anuga, na Alemanha, e em redes de supermercados de outros países do continente latino americano e africano a tendência de oferecer o arroz já preparado e combinado com outros alimentos. Tendência que já está despontando no Brasil com iniciativa de algumas empresas nacionais.
Inovar e agregar valor será fundamental para o futuro de nossas exportações.
Existem muitos desafios, mas possuímos todas as condições de superar cada um deles. Condições que se amplificam pela comunhão em torno dos mesmos objetivos. Por isso, acredito que estamos no caminho certo.
André Anele
Gerente
Projeto Brazilian Rice
ABIARROZ/APEX-BRASIL