Estão grandões

Dos 20 maiores municípios
produtores de arroz do Brasil, 18 estão no RS
e dois no Tocantins
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 A hegemonia do Rio Grande do Sul na produção de arroz do Brasil é tanta que se o estado fosse um país seria o maior produtor das Américas do Sul e Central. Essa situação foi confirmada mais uma vez em 2015 segundo a Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada em outubro de 2016. As lavouras gaúchas representaram 70,6% da produção nacional na temporada e 18 dos 20 maiores municípios produtores estão no estado.

O “estranho no ninho” é o Tocantins, que assumiu a terceira maior produção brasileira há dois anos e representou em 2015 5,1% da produção nacional com 620 mil toneladas. Dois municípios do estado estão presentes no ranking dos 20 maiores: Lagoa da Confusão, na oitava posição, e Formoso do Araguaia, na 18ª.

Uruguaiana é o maior município arrozeiro do Brasil, com 6,1% de toda a safra de arroz nacional. O volume é maior do que as safras de estados como Tocantins, Mato Grosso, Maranhão, Pará e todos os demais, ficando atrás apenas de Santa Catarina (8,8%) e do Rio Grande do Sul. Itaqui (4,8%), Santa Vitória do Palmar (4,7%), Alegrete (4%) e Dom Pedrito (3,4%) fecham o Top Five.

Para se ter ideia da importância da produção gaúcha, a produção de Itaqui ou de Santa Vitória do Palmar, cada uma, corresponde a toda a safra do Mato Grosso, quarto maior estado produtor do Brasil. E a de Alegrete equivale a tudo o que produzem o Maranhão e o Pará (quinto e sexto maiores estados produtores brasileiros). Uruguaiana, se fosse uma unidade da federação, seria o terceiro maior produtor do Brasil. Somado a Itaqui seria o segundo – superando em 25% a produção de Santa Catarina.

SANTA CATARINA
Embora seja o segundo maior estado produtor de arroz do Brasil, nenhum município de Santa Catarina figura entre os 20 ranqueados pelo IBGE. Isso porque a produção ocorre em pequenas propriedades e pela dimensão territorial dos municípios das regiões arrozeiras, concentradas mais próximas do litoral no Sul e no Norte do estado. Já no Mato Grosso são a produtividade e a redução de área que contam contra uma melhor posição no ranking. Isso que em 2015 a área cultivada ainda foi maior do que na última temporada.

Brasilzão!
Em 2015 a produção nacional ficou em 12.301.201 toneladas e o rendimento médio em 5.753 quilos por hectare, aumentando 1,0% e 10,6%, respectivamente, quando comparada à da safra anterior. A área colhida alcançou 2.138.397 hectares, indicando a redução de 8,6%.
Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram responsáveis por 79,4% da produção nacional, ou 9.761.026 toneladas, em uma área colhida de 1.270.380 hectares. O rendimento médio, por sua vez, foi de 7.684 quilos por hectare. O Brasil é o maior produtor do mundo fora da Ásia e figura entre os 10 maiores exportadores e importadores globais.