Exclusivo: Planeta Arroz trará todos os detalhes da Operação Oryza 2
(Por Cleiton Evandro dos Santos/AgroDados-Planeta Arroz) Conversei ontem com o promotor de Justiça responsável pela Operação Oryza 2, Áureo Rogério Gil Braga para uma matéria exclusiva sobre o trabalho que reuniu receitas estaduais, Gaecos e Ministérios Públicos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina contra uma fraude que representa 23% de tudo o que o estado arrecada por safra com o arroz. Até agora, um único grupo empresarial, mais corretores com nota de fachada, transportadores e agentes públicos estão sendo apontados como envolvidos. Mas, os produtores que venderam arroz sem nota ou meia-nota e aceitaram as condições, sem pagar impostos, CDO, Funrural, também serão alvo.
Além da apreensão de computadores, cheques e documentos com o demonstrativo de todas as negociações, identificação do produtor, da nota, dos cheques, das placas de quem transportou, quem comprou e quem vendeu, e até da área plantada por cada um, a Operação conseguiu a colaboração dos quatro empresários que foram para a cadeia. As listas, com as informações dos envolvidos está sendo avaliada pelas receitas federal e estaduais para cruzarem notas, documentos, indicações de bloco de produtor.
A intenção, segundo Braga, é reaver todo o dinheiro sonegado, mais os recursos das autuações e, posteriormente, processar criminalmente quem participou do esquema, entre outras coisas, por fraude tributária e associação criminosa. Mas, ainda pode ser pior. Revelou-se que alguns produtores que não quiseram receber este ano para não pagar alto valor em Imposto de Renda (IR) optaram por receber em cheques pré-datados para janeiro e fevereiro. E esses, sem nota, correm o sério risco de nunca mais verem a cor desse dinheiro. E nem do arroz que venderam.
A íntegra da matéria será publicada na semana final do ano, aqui no site, com revelações importantes para a cadeia produtiva. A investigação continua.