Federarroz garante apoio do MAPA para mecanismos em 2012

 Federarroz garante apoio do MAPA para mecanismos em 2012

Dirigentes arrozeiros e representantes do MAPA discutem medidas para o setor

Reunião com o ministro substituto José Carlos Vaz deu bons resultados.

A reunião da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) com o ministro substituto da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Carlos Vaz em Brasília (DF), na semana que passou, trouxe boas notícias ao setor. O encontro foi agendado pelo deputado estadual Edson Brum e contou ainda com a presença do secretário de Política Agrícola, Caio Rocha, o deputado estadual Jorge Pozzobon e os federais Luis Carlos Heinze (RS) e Valdir Colatto (SC). Participaram dirigentes da Farsul, Irga e técnicos do MAPA.

O presidente da Federarroz, Renato Rocha, acompanhado do vice-presidente Daire Coutinho e do diretor técnico, José Carlos Gross, entregou um documento com demandas emergenciais e estruturais. A primeira delas pediu a manutenção e ajuste nos mecanismos de apoio à comercialização. São eles os leilões de troca, para ajuda humanitária, que o governo federal informou não terem demanda de países interessados por problemas de logística. Para receberem as doações, os países precisam buscar o produto doado no Brasil, e muitos não conseguiram os meios necessários, o que trava o mecanismo.

Os leilões de Pepro para ração animal serão retomados após uma reunião com as cadeias produtivas envolvidas para ajustar interesses. Mas, o governo federal anunciou quatro leilões de repasse para este ano, sendo dois em novembro e dois em dezembro. “É uma ótima notícia, pois resolve em parte o problema do armazenamento”, relata Renato Rocha.

A Federarroz também solicitou a provisão de R$ 1,76 bilhão no Orçamento Geral da União em mecanismos de apoio à comercialização do arroz em 2011/12. O valor é destinado à escoar 5 milhões de toneladas de arroz, sendo 500 mil via AGF, um milhão/ton. por contratos de opção, dois milhões/ton. por Pepro e PEP, e mais 1,5 milhão via EGF/COV. José Carlos Vaz disse que o MAPA apoiará o pedido, mas os arrozeiros devem buscar apoio político para sensibilizar o Ministério da Fazenda neste sentido. A único mecanismo não teve concordância foi o EGF/COV, mas o ministro pedirá ao secretário Caio Rocha que estude a possibilidade de casar o pagamento do EFG com as opções públicas para a próxima safra.

A Federarroz pede o inicio do programa de contrato de opções em janeiro, com vencimento a partir de junho. Também reforça que os demais mecanismos devem entrar em funcionamento em março. Com a medida, os arrozeiros poderão fazer o EGF em março, adquirir os contratos de opção e pagar, com este resultado, o EGF. Um retorno sobre todas as demandas deve ser dado ao setor no dia 21 de novembro.

REPACTUAÇÃO

O presidente da Federarroz, Renato Rocha, também pediu ao MAPA uma posição sobre a falta de flexibilidade dos bancos de fábrica, privados e o BNDES quanto às dívidas da lavoura referentes ao período 2010/11. O ministro substituto informou que reuniões foram realizadas com o BNDES e bancos de fábrica solicitando a apoio das instituições para uma solução. Respostas são aguardadas para os próximos dias. “Temos novas informações sobre os investimentos, o único investimento que falta carta circular do BNDES é o PSI, os demais investimentos, como Moderfrota, Moderinfra e Moderagro, podem ser prorrogados amparados na circular do BNDES SEAGRI 10/2011, inclusive os contratos vencidos há sessenta dias. A entidade informará o setor na semana seguinte”, esclarece Rocha.

Os dirigentes orizícolas também reforçaram os pleitos por uma solução para o endividamento da lavoura, liberação da armazenagem para pessoa física na próxima safra, como forma de garantir espaço para a colheita e a eficiência do uso dos mecanismos de comercialização, compensação ou regramento das importações de arroz do Mercosul e a elevação do preço mínimo, atualmente em R$ 25,80 para Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em razão da alta de até 20% dos custos de produção da safra em andamento. “Também reforçamos o pleito para que o Ministério apóie o projeto pela produção de etanol de arroz no Rio Grande do Sul, e uma campanha nacional pelo consumo do cereal”, enfatizou Renato Rocha.

Na quinta-feira, à noite, o presidente da Federarroz e o assessor jurídico Anderson Belolli, estiveram no CTG Tropeiros do Litoral, em Mostardas, para palestrar sobre as ações da entidade, repactuação das dívidas com os bancos e Funrural.

Já na sexta-feira, Renato Rocha participou do painel: “Futuro da Lavoura Arrozeira”, evento promovido pelo Sindicato Rural de Jaguarão (RS), que contou com a participação e apresentações do presidente da Comissão do Arroz da Farsul, Francisco Schardong, do presidente do Irga, Cláudio Pereira e dos diretores Valmir Menezes e Rubens Silveira. Na oportunidade a Federarroz apresentou as demandas da entidade quanto aos recursos, mecanismos, cenário, perspectivas da lavoura e do mercado para a safra 2011/12, além de relatar a audiência mantida em Brasília com o ministro José Carlos Vaz.

3 Comentários

  • Podem prorrogar, renegociar, dar carência o que for, isso não é solução para dívidas, solução é ter RENTABILIDADE para pagar, o problema só esta sendo empurrado com a barriga, porém é única alternativa que nos resta no momento, adiar o nosso enterro.

  • nao tem fundamento em prorrogar divida com safra recorde, ja vi renegocia com frustaçao de safra, seca enchente pedra, mais produçao bastante??? que piada nosso pais, parabens politicos, assim um dia vcs quebram o pais, pois o dia que a classe primaria nao estar mais aqui para sustentar essa corja de mamadores terao o que merecem….

  • De tanto que a FEDERARROZ e Renato vão a BRASILIA seria muito mais fácil morarem em BRASILIA e este dinheiro que gastam com passagens e hotéis serem revertidos para fundos para uma ação JUDICIAL !!!

    Temos que mudar o foco das discussoões que a FEDERARROZ trata em brasilia para termos RENTABILIDADE , LUCROS e não somente PARCELAMENTO EM CIMA DE PARCELAMENTO DE DIVIDAS………………….

    E PAUTAR COM PULSO FIRME ESTA ENTRADA DE FORMA DESLEAL E TRAIÇOEIRA A ESTE ARROZ COMPLETAMENTE ILEGAL QUE ENTRA NO MERCOSUL…………………….pois se trazemos insumos estamos NA ILEGALIDADE PORTANTO ESTE ARROZ DO MERCOSUL É ILEGAL TANTO PARA NOSSA SAUDE FISICA COMO MONETARIA…..

    Contra NÓS TUDO !!!!!!!!!!!!
    A FAVOR………………NADA!!!

    Tempos atrás teve um senhor que queria fazer do RS , SC E PR a república dos PAMPAS………………..UM NOVO PAIS………….achava que ele não batia bem…………AGORA VEJO QUE ELE ESTAVA COM A RAZÃO !!!

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