Flávia Tomita toma posse como diretora técnica do Irga
(Por Darlene Silveira, SEAPDR) A engenheira agrônoma Flávia Miyuki Tomita tomou posse na tarde desta quarta-feira (22) como nova diretora técnica do Instituto Rio Grandense do Arroz. A solenidade ocorreu no auditório da Estação Experimental do Arroz (EEA) do Irga, em Cachoeirinha, com a presença da secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti; do presidente do Irga, Rodrigo Machado; e dos diretores João Batista Gomes (comercial) e Eduardo Milani (administrativo), além de servidores e convidados. Essa é a primeira vez que uma mulher assume o cargo de diretora técnica do instituto.
Emocionada, Flávia agradeceu aos membros do Conselho Deliberativo e aos colegas do Irga, “os da ativa, os aposentados e outros, que não estão mais com a gente, mas que não esqueceremos jamais”. A diretora técnica recebeu a nova missão como uma homenagem ao corpo de servidores do Irga. “Sinto-me honrada em ter sido a primeira mulher a gerenciar a Divisão de Pesquisa e agora a primeira a comandar a diretoria técnica do instituto. Isso me traz uma grande responsabilidade e farei de tudo para corresponder”, acrescentou.
O presidente do Irga, Rodrigo Machado, destacou o novo futuro que se desenha para a autarquia neste momento. “Vamos trabalhar muito e fazer o máximo para modernizarmos a instituição. Parabéns, Flávia, pela pessoa que tu és, pela tua capacidade. A tua posse representa muito para o isntituto. E saúdo também os funcionários da autarquia, pois vocês é que fazem esse instituto, que é de grande importância para a orizicultura gaúcha. Essa diretoria será uma parceira nas suas justas reivindicações”, afirmou Machado
Silvana Covatti elogiou o pioneirismo da posse de Flávia Tomita, a primeira mulher a assumir a diretora técnica. “Hoje estamos com todos os membros da diretoria do Irga empossados. E essa diretoria terá todo o respaldo para a reestruturação do instituto e implementação das transformações necessárias”, destacou a secretária.
“O Irga requer um olhar especial. E temos que dar uma resposta com serenidade a esse setor tão importante para a alimentação do povo gaúcho, brasileiro e mundial. Falo também a todos os servidores do instituto, que merecem uma maior valorização e melhores condições de trabalho. Serei uma grande parceira, junto com presidente, diretores e diretora, na busca pela valorização dos servidores do Irga junto ao Governo do Estado. E lembro que o governador Eduardo Leite, na semana passada, garantiu o repasse integral da Taxa CDO para o Irga em 2022, o que era uma reivindicação de muitos anos”, complementou a secretária.
A Taxa CDO é a principal fonte de recurso da autarquia. Em 2020 foram arrecadados R$ 108 milhões, dos quais a Secretaria da Fazenda do RS repassou ao Irga o total de R$ 60 milhões. O restante, R$ 48 milhões, ficou no Caixa Único do Estado. Já são mais de R$ 339 milhões de CDO retidos nos últimos anos e que deixaram de ir para a autarquia.
Entrevista: “Nossa prioridade será a safra 2021/2022”
A senhora será a primeira mulher a ocupar o cargo de diretora técnica do Irga? O que isso representa para a senhora?
Flávia Tomita: É um honra e um grande desafio. Sinto-me representando as mulheres no agro.
E qual a importância de ocupar esse cargo?
Flávia Tomita: Estou muito feliz por ter sido escolhida para ocupar o cargo. É um enriquecimento pessoal e um grande desafio. Como profissional, é uma satisfação muito grande poder ajudar o produtor, uma vez que a diretoria, junto com a presidência, tem a responsabilidade direta de viabilizar as demandas da lavoura.
Qual a sua formação?
Flávia Tomita: Sou engenheira agrônoma, formada na Universidade Estadual Paulista (Unesp-Ilha Solteira), especialista em Ciências e Tecnologia de Sementes pela UFPel, mestre em Fitotecnia pela UFRGS e doutoranda em Fitotecnia também pela UFRGS. Antes do Irga, trabalhei durante dois anos como gerente de produção em uma empresa da área de controle biológico em São Paulo.
Quais serão as suas primeiras ações no cargo?
Flávia Tomita: Interar-me das ações que estão pendentes na diretoria técnica e resolvê-las da forma mais rápida possível, pois já estamos no início da safra. E me reunir com o corpo técnico para desenvolver ações estratégicas de pesquisa e extensão.
E quais ações pretende implementar a médio e longo prazo?
Flávia Tomita: Durante essa gestão teremos duas safras para realizar. Desse modo, inicialmente não podemos pensar em ações em longo prazo. Teremos que focar na safra 2021/2022, pois estamos em um momento de retomada das nossas ações devido à pandemia.
Como você vê o repasse de 100% da Taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura (CDO) para o Irga?
Flávia Tomita: O repasse integral da Taxa CDO (a taxa corresponde a um valor pago por importadores, beneficiadores e exportadores do arroz em casca e em qualquer estágio de industrialização para cada saco de 50 kg de arroz) é fundamental para o Irga, pois estamos há muitos anos sem investimentos. Com o repasse total da taxa esperamos a valorização e a reposição salarial dos servidores e também investimentos na modernização do instituto.