Foco na produtividade
Mapa prevê crescimento
da produção de arroz e
redução de área até 2022
.
O ministério projeta uma relação de oferta e demanda ajustada para o futuro e sugere a necessidade de importações nos próximos anos. O volume da safra 2021/22 é estimado em 15,2 milhões de toneladas, com o avanço médio anual de 1,4% entre 2011/12 e 2021/22. Esse acréscimo ocorrerá com aumento da produtividade do cultivo irrigado, pois as lavouras de sequeiro vêm reduzindo seu espaço pela menor incorporação de novas terras em áreas de fronteira agrícola. Para os analistas, o caso mais típico é o Mato Grosso, cuja produção reduz acentuadamente pela competição com outras culturas de maior liquidez.
O consumo nacional manterá leve crescimento. “Projeta-se a taxa anual de 1% na década, alcançando 13,9 milhões de toneladas em 2021/22”, cita o estudo. Assim, o consumo em 2021/22 será atendido por estoques privados e públicos e importações de 800 mil toneladas anuais.
A notícia não é ruim, considerando que o volume está abaixo da média histórica brasileira de importação de arroz: 1 milhão de toneladas. Todavia, colhendo 15,2 milhões de toneladas e importando 800 mil, sem contar os estoques públicos e privados, o Brasil teria um suprimento de 16 milhões de toneladas com uma demanda interna de 13,9 milhões. Portanto, uma sobra anual de 2,1 milhões, o que o obrigará a manter as exportações.
ÁREA
O Mapa projeta redução da superfície plantada na próxima década. “A área de arroz vem caindo, segundo a Conab, mas no Rio Grande do Sul tem pequena tendência de aumento. A produtividade será a principal variável no comportamento do cereal nos próximos anos e a lavoura deve cair de 2,8 milhões de hectares em 2011/2012 para 1,9 milhão em 2021/22, com redução de 900 mil hectare”. Projeções regionais mostram que o RS continuará liderando os estoques e a expansão do grão no Brasil nos próximos anos. O estado representa 64,5% da produção nacional e aumentará nos próximos anos em 27%. A área crescerá 17,2%.