Fronteira gaúcha aguarda chuva para plantar arroz

Arrozeiros do Estado sofreram com área de cultivo reduzida pela estiagem.

A confirmação da previsão de chuvas fortes para esta sexta e o sábado fará com que os arrozeiros da Fronteira Oeste e Campanha do Rio Grande do Sul coloquem as máquinas no campo e ampliar a área destinada à cultura, reduzida devido ao baixo nível dos reservatórios de água.

Como o período recomendado pelo Instituto Riograndense do Arroz (Irga) para plantio se encerrou nessa quarta, a alternativa dos produtores é utilizar até o fim do mês sementes de ciclos mais curtos. O risco do plantio tardio é a perda de produtividade.

– Tudo depende da tecnologia empregada – explica o presidente do Irga, Maurício Fischer.

Enquanto na última safra o Estado plantou 1,04 milhão de hectares, a previsão é que a área destinada ao plantio de arroz neste ano fique entre 950 mil e 1 milhão de hectares, mas com manutenção da produtividade. A redução na área ocorre exatamente nas regiões fronteiriças, onde as barragens estão com 30% a 60% da capacidade normal.

Em Uruguaiana, onde a média de chuvas no mês está entre 104 e 136 milímetros, a área semeada por enquanto é 40% menor aos 93 mil hectares da última safra. Em Bagé – onde o problema é mais grave e a média do mês fica entre 72 e 106 milímetros – foram cultivados apenas 9 mil hectares, contra 22 mil da safra passada.

– Se chover, a gente está pronto para plantar. Estamos com 30% da capacidade de nossas barragens – aposta o arrozeiro uruguaianense Carlos Simonetti, que semeou apenas 30% de uma área de 500 hectares localizada a 40 quilômetros da cidade.

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