Futuro à vista

 Futuro à vista

Mapa projeta safras
brasileiras até 2023.

A Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa) atualizou o estudo Projeções do Agronegócio do Brasil 2012/13 a 2022/23. Para o arroz, o cenário implica em um acréscimo produtivo, em uma década, entre 11,1%, para 13,75 milhões de hectares, e 36,8%, até 16,92 milhões de toneladas. No limite inferior a alta será de 1,38 milhões de toneladas e no superior, 4,55 milhões de toneladas, sobre as 12,37 milhões obtidas na temporada 2012/13. A projeção da última safra, porém, está superestimada em 400 mil toneladas sobre o levantamento divulgado pela Conab em julho.

O Mapa reafirma a atual concentração produtiva no Rio Grande do Sul (66,5%), Santa Catarina (8,6%), Maranhão (5,3%), Mato Grosso (4,4%) e Tocantins (4,7%). Juntos, os cinco estados somam 89,5% da produção brasileira. Para a Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, tudo indica que o aumento da produtividade da lavoura irrigada do Sul fará diferença no aumento das safras deste grão. E projeta que, alcançando a expectativa mínima de safra em 2022/23, o país será autossuficiente, pois espera um consumo de 13,2 milhões de toneladas.

Para a projeção de 16,92 milhões de toneladas, no entanto, com excedentes de 3,7 milhões em 10 anos, o Mapa considera uma expansão produtiva em outras regiões brasileiras, que passa a ter incentivo, já em 2013, nos programas oficiais. A expectativa oficial considera que a produtividade média brasileira deve elevar-se ao patamar de 5,5 toneladas de arroz por hectare, cerca de 600 quilos acima da atual, lembrando que este desempenho é puxado pelo rendimento de 7,5 mil quilos por hectare, do Sul do Brasil.

Para o limite mínimo, de 13,75 milhões de toneladas produzidas, a AGE/Mapa espera que a superfície semeada com arroz no Brasil caia dos 2,23 milhões de hectares em 2012/13 para 1,50 milhão em 2022/23. Técnicos da Conab, porém, consideram que a queda de área seja menor do que a prevista.

No Rio Grande do Sul, que atualmente cultiva 1 milhão de hectares, espera-se manutenção ou leve aumento das dimensões da lavoura.

FIQUE DE OLHO
O novo Código Florestal Brasileiro limita a incorporação de novas áreas, e a maior oportunidade para o arroz de terras altas nos próximos anos está na rotação de culturas, reforma, recuperação ou renovação de pastagens degradadas, ou mesmo na transição da pecuária para a agricultura.

Produção em terras altas: sem abertura de área

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