Ganhos estão no detalhe

 Ganhos estão no detalhe

Peserico: manejo que muda o perfil dos resultados da lavoura

Com altas produtividades,
rizicultores buscam
a diferença no detalhe .

 Integrar-se ao Projeto 10+ é uma decisão que exige do rizicultor a determinação de buscar o aperfeiçoamento, de aprender e ensinar, de trocar seus conhecimentos com outros agricultores e de buscar, no detalhe, fazer a diferença para sua lavoura, mas também para toda a sua região e seu estado.

Jaime Alexandre Peserico produz 120 hectares de arroz em Dona Francisca e Agudo e integra um grupo de 25 produtores coordenados pelo engenheiro agrônomo José Mário Tagliapietra, da Cooperativa Mista Nova Palma Ltda (Camnpal).

O grupo faz parte do Projeto 10+ original e se reúne todos os meses, há 15 anos, para discutir temas inerentes ao cultivo. Os produtores mantêm produtividade superior a 9.500 quilos por hectare nas lavouras comerciais. No Projeto 10+, Peserico usa a variedade Irga 424 RI, que tem respondido bem ao manejo. “Na lavoura, ela é excelente”, enfatiza.

Uma das técnicas que adotou dentro da nova etapa do projeto de manejo para altas produtividades foi a redução da densidade de sementes de 100 para 87 quilos por hectare. “Resisti inicialmente, mas andando na lavoura se vê que as plantas estão mais vigorosas”, frisa Peserico, lembrando que já usou 200 quilos por hectare no passado. Ele ampliou o uso de fertilizantes e entrou com a irrigação mais cedo.

Clóvis e seu filho João Batista Giuliani plantam 100 hectares no Cerro Chato, em Agudo, e adotaram as práticas recomendadas. A expectativa é manter produtividade próxima de 10 mil quilos, que é tradicional na área. “São lavouras que por estarem muito próximas do teto produtivo, se tornam um grande desafio para ampliar rendimento”, explica Souza.

 

Soja

Eduardo Müller e Pablo Souza: integração é ferramenta importante

O produtor Verner Müller e seu filho Eduardo plantam 66 hectares de arroz na Várzea do Agudo e fazem rotação com soja em 10% da área. Em seis anos já plantaram a oleaginosa em todas as áreas viáveis da lavoura. Ano passado usaram área em São Vicente do Sul para o Projeto 10+. Em 2017/18, o projeto está em Agudo. E a expectativa é alcançar a meta.

Para Verner Müller, adotar tecnologias que aumentem a produtividade é uma questão de sobrevivência da lavoura. “A região sempre teve rendimentos altos, e subir de 7,5 mil para 10 mil foi difícil. Agora, avançar de 10 mil para 11 mil é mais difícil ainda, então, é preciso buscar os caminhos”, resume. Os técnicos do Irga não acham fácil, mas com base nas pesquisas e em resultados já obtidos em algumas lavouras, têm certeza de que é possível.

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