Granja Kochenborger alcança a maior rentabilidade no Rice Money Maker

 Granja Kochenborger alcança a maior rentabilidade no Rice Money Maker

Kochenborger e equipe: produtividade de 14.687 quilos por hectare e rentabilidade. (Foto: Equipe FieldCrops)

(Por Cleiton Evandro dos Santos, AgroDados/Planeta Arroz) A Granja Kochenborger, de Cachoeira do Sul, venceu duas categorias do campeonato Rice Money Maker América do Sul, desenvolvido pela Equipe FieldCrops, em 14 propriedades referenciais da Argentina, Brasil e Uruguai. A propriedade de Ademar “Pinto” Kochenborger, que também é presidente da União Central de Rizicultores (UCR) alcançou o teto de produtividade e de lucratividade relativa. O anúncio foi feito na propriedade, no último sábado, com a presença de técnicos, pesquisadores e produtores dos três países. A grande vencedora do campeonato foi uma lavoura argentina, seguida de uma área em Bagé (RS) e uma propriedade uruguaia em terceiro lugar.

Para a vitória cachoeirense na categoria de lucratividade, a renda foi estimada considerando o preço de venda da saca de arroz multiplicado pelo número de sacas produzidas por hectare, subtraindo alguns custos variáveis da lavoura: sementes, fertilizantes, herbicidas, fungicidas, inseticidas e bioestimulantes. “A lucratividade é apresentada pelo lucro relativo, onde o 100% representa o maior lucro”, explica o professor Alencar Zanon, coordenador da equipe e da disputa internacional. Participaram 13 lavouras, selecionadas entre mais de 600.

O trabalho foi coordenado tecnicamente pelos engenheiros agrônomos Jerson Santos e Alan Kochenborger, filho de Ademar e ex-integrante da Equipe FieldCrops. Ele destacou que a rentabilidade refletiu a busca de um uso racional dos insumos e o potencial produtivo do híbrido Lidero 522 CL, que alcançou média de 14.687 quilos por hectare na área selecionada para a competição. Isso equivale a 294 sacas de arroz por hectare. Para se ter uma ideia, o volume colhido foi 76,6% superior à média gaúcha, de 8.350 quilos por hectare na temporada 2021/22. Sobre a média nacional, de 6.669 kg/ha, a vantagem foi de 117%.

Alan Kochenborger considera que o resultado reflete o trabalho de muitos anos que é desenvolvido na área. “Não foi resultado de um ano, nem é resultado de usar mais adubo e uma genética superior. Trata-se de um conjunto de práticas agronômicas em busca de potencializar os resultados e otimizar o uso dos recursos esgotáveis. Priorizamos uma agricultura baseada em processos como menor revolvimento do solo, semeadura no momento certo, irrigação eficiente e na hora adequada, melhor aproveitamento dos insumos e do potencial produtivo”, resumiu.

IMPORTANTE

A área cachoeirense selecionada para a competição foi semeada no dia 15 de outubro de 2021, com a variedade Lidero 522 CL, da BASF, e vinha de pousio nos períodos de 2018 e 2020, e cultivo de arroz em 2019. O perfil apresentou 721 panículas por metro quadrado, 139 grãos por panícula e uma esterilidade de 16%. A eficiência produtiva foi de 76% do potencial, 100% em lucratividade e emissão de 0,095kg de CO₂ equivalente/kg grãos. Produziu 73 kg de grãos por quilo de nitrogênio (N), 421kg de grãos por quilo de fósforo (P, fornecido pelo solo) e 92kg e grãos por quilo de potássio (K).

Vencedores:

Além da propriedade de Ademar “Pinto” Kochenborger, também foram premiadas as propriedades que se destacaram pelo critério ambiental, produtivo e econômico. No ranking geral, apesar do ótimo desempenho no aspecto lucratividade, a propriedade cachoeirense ficou em 7ª.

 

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