Importação de arroz sobe quase 37% em outubro
Estudo do Cepea indica que arroz dos países do Mercosul corresponde a quase todo grão comprado pelo Brasil.
A importação de arroz em casca fechou em 146,42 mil toneladas de arroz em outubro, número 36,7% superior ao volume comprado no mesmo mês do ano anterior e 4,8% inferior em relação a setembro. Os dados são do levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), que também informa que os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul), formado pela Argentina, Uruguai e Paraguai, além do Brasil, continuam sendo a origem de quase todo o volume adquirido pelo Brasil,mesmo com a isenção da Tarifa Externa Comum (TEC) para países que não compõem o bloco.
O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federraroz), Alexandre Velho, disse que a entrada de arroz do Mercosul não interferiu na cotação da saca de 50 quilos do arroz em casca, que está estável no Estado há cerca de seis semanas, oscilando entre R$ 104,50 e R$ 105,00. “A qualidade desse arroz é inferior ao arroz gaúcho, o que contribui para que o nosso preço não seja atingido”, explica.
O dirigente destaca que hoje existe uma oferta muito enxuta de arroz no Estado e que o setor aguarda a colheita do Paraguai, que ocorre em dezembro. “O Estado poderá contar com o arroz paraguaio a partir de janeiro”, afirma. Em Santa Catarina, a colheita será em janeiro e no Rio Grande do Sul, em fevereiro.Embora a prática de vendas no mercado futuro não seja forte na cultura do arroz, Velho explica que há pequenos movimentos nesse sentido, o que será muito positivo para os arrozeiros.
O estudo do Cepea indica que as exportações somaram 153,5 mil toneladas em equivalente casca em outubro, avanço de 96,4% frente ao mês anterior e 87,2% acima da quantidade do mesmo mês de 2019.