Inaugurado o VI Congresso Brasileiro de Economia Orizícola

A conferência inaugural foi proferida pelo representante do Instituto Internacional de Pesquisa do Arroz (IRRI – Filipinas), Mahabub Hossain. Segundo ele, o Brasil poderia exportar para os países da América Central, se os Estados Unidos diminuíssem os subsídios.

Foram inaugurados hoje (25) à noite, em Porto Alegre, o VI Congresso Brasileiro de Economia Orizícola e o I Congresso Latino Americano de Economia Orizícola, com a presença de aproximadamente 1.200 pessoas entre produtores, técnicos, representantes da indústria e demais integrantes da cadeia produtiva, de diversos estados brasileiros e nove países (Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Colômbia, Paraguai, Venezuela, Estados Unidos e Filipinas).

A conferência inaugural, proferida pelo representante do Instituto Internacional de Pesquisa do Arroz (IRRI – Filipinas), Mahabub Hossain, abordou o mercado internacional do arroz a longo prazo. Ele destacou a capacidade produtiva do Brasil e enfatizou o potencial exportador do país. Segundo Hossain, o Brasil poderia exportar para os países da América Central, se os Estados Unidos diminuíssem os subsídios.

Ele no entanto reconhece que o recuo norte-americano é pouco provável e sugere: “A saída é baixar o custo de produção e aumentar a produtividade”. Hossain também aposta no uso mais racional e otimizado do maquinário agrícola, aproveitando o “excelente desenvolvimento tecnológico alcançado pela indústria de máquinas”.

O presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA), Pery Coelho, lembrou que, na época da última edição do Congresso de Economia Orizícola, há 23 anos, o Rio Grande do Sul era responsável por 20% da produção de arroz do Brasil. “Hoje produzimos 50%. Só esse dado já justificaria a necessidade de reedição do Congresso. Precisamos debater a cadeia produtiva e o futuro da lavoura do arroz”. Conforme Coelho, este será um encontro de proposições. “Será um Congresso de trabalho”, enfatizou o presidente do IRGA.

O representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), José Tubino, ressaltou que pela primeira vez a entidade confere o título de Ano Internacional a um cultivo. “O arroz merece a distinção por ser cultivado em 113 países e se constituir no alimento básico de mais da metade da população mundial”, concluiu.

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, enviou uma mensagem gravada em vídeo saudando os participantes do Congresso. “Esse evento é muito oportuno. Ocorre exatamente quando o Brasil ganha a dimensão de país exportador. Agora temos condições de concorrer com os nossos vizinhos do Mercosul”. Rodrigues também destacou que o Congresso coincide com a criação da Câmara Setorial do Arroz no Ministério da Agricultura. “Certamente aproveitaremos as conclusões do Congresso para orientar as políticas públicas para o setor”.

O secretário da agricultura, Odacir Klein, representando o governador Germano Rigotto, salientou que “não se pode mais pensar em produção orizícola, sem levar em conta o contexto do Mercosul e da América Latina”

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