Indústria do arroz passa por dificuldades no MT

Se os 73% concedidos de incentivo para o recolhimento do ICMS às plantas instaladas, certamente estas unidades não estariam operando no Mato Grosso.

Se não fossem os incentivos fiscais que o governo concede às indústrias de arroz, muitas delas estariam com as portas fechadas. A afirmação é do presidente do Sindicato da Indústria do Arroz de Mato Grosso (Sindarroz-MT), Joel Gonçalves Filho. Para ele, se os 73% concedidos de incentivo para o recolhimento do ICMS às plantas instaladas no Estado, certamente estas unidades não estariam operando. Conforme ele, existem 35 indústrias de beneficiamento do cereal na região e 100% delas usufruem de incentivo.

– Com o incentivo pudemos tornar nosso produto mais competitivo com o mercado de outros Estados. Há alguns anos, o produto cultivado no Estado era de quarta e quinta categoria e enviado para unidades da federação pobres localizadas no Nordeste do país – diz o presidente.

Acrescenta que o resultado da renúncia fiscal feita pelo governo estadual foi o investimento em tecnologia, não apenas no beneficiamento, mas também na produção do grão, pois os próprios produtores passaram a investir na semente para melhorar a qualidade do produto.

Conforme Gonçalves, o investimento foi feito em maquinário, aperfeiçoamento da cultura e capacitação de pessoal, atendendo as exigências para se cadastrar no programa, que no caso do arroz é o Proarroz.

Na avaliação do presidente em exercício da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Clomir Bedin, os incentivos são uma necessidade para o setor econômico não só para atrair novos empreendedores, mas também como propulsores do desenvolvimento da região. Ele afirma que se a carga tributária brasileira não fosse tão pesada, não seria necessário o Estado abrir mão dos impostos recolhidos, e a única maneira de promover o crescimento é na concessão de benefícios fiscais.

De 2003 a julho deste ano, os investimentos resultantes dos incentivos na indústria do arroz foi de R$ 61,068 milhões por 35 empresas que ofereceram 423 postos de trabalho nas unidades.

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