Inseticidas controlam ameaça de praga na lavoura de arroz
É o caso da bicheira-da-raiz, Oryzophagus oryzae, a mais importante praga da cultura que atinge cerca de 60% da área semeada.
A incidência de pragas aumentou na lavoura de arroz nos últimos anos. Além do surgimento de novas espécies, houve crescimento na população de insetos já existentes. É o caso da bicheira-da-raiz, Oryzophagus oryzae, a mais importante praga da cultura que atinge cerca de 60% da área semeada. O produtor deve elaborar estratégias antecipadas para não ser surpreendido.
Segundo o agrônomo do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Jaime Vargas, os adultos da bicheira-da-raiz atacam as lavouras com a elevação da temperatura e a irrigação das áreas. Após 15 dias de irrigação surgem as larvas que, ao cortarem as raízes, causam os grandes danos. A fase de larva é a mais longa e dura, em média, 30 dias provocando os seguintes sintomas: plantas com estatura reduzida, folhas amareladas e com as pontas secas, facilmente arrancadas.
Pela elevada população existente no Rio Grande do Sul, as áreas semeadas por último podem apresentar altos níveis populacionais de larvas. Os produtores devem examinar periodicamente as plantas de arroz e eliminar as invasoras, que servem de hospedeiras e favorecem a permanência do inseto vivo até a primavera seguinte.
QUÍMICOS
Para acabar com a praga, Vargas recomenda a utilização de inseticidas. Ele reitera que retirar a água da lavoura não é eficiente.
– Com a drenagem, o desenvolvimento da planta é prejudicado e o crescimento de espécies daninhas aumenta, provocando a competição com arroz – afirma.
A aplicação de nitrogênio também não causa a mortalidade das larvas da bicheira-da-raiz, porém propicia condições favoráveis a planta. Além de apresentar um melhor aspecto, folhas com coloração verde mais escuro emite novas raízes.