Irga divulga primeira parcial da colheita no RS

 Irga divulga primeira parcial da colheita no RS

Colheita do arroz da safra 2021/2022 – Foto: Rogério Cantarelli/Irga

(Por Irga) Os primeiros dados sobre a evolução da colheita do arroz da safra 2021/2022 mostram que foram colhidos até o momento 235.330 hectares, o que representa 24,59% da área total semeada no Estado (957.185 hectares). O levantamento do Instituto Rio Grandense do Arroz foi elaborado pela Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural, a partir de informações coletadas pelas equipes dos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates) da autarquia junto aos produtores.

A colheita do arroz no Rio Grande do Sul começou no final de janeiro. As primeiras apurações das equipes dos Nates registram na plataforma “Safras Irga”, em 26 de janeiro, 50 hectares colhidos em Eldorado do Sul, 30 hectares em Agudo e 20 hectares em Paraíso do Sul.

A partir desta semana, o Irga passará a divulgar os dados da colheita sempre às sextas-feiras (a segunda parcial será no dia 18 deste mês). No próximo levantamento também serão disponibilizadas informações sobre a produtividade média (quilos por hectare) no Estado e nas regiões arrozeiras.

Confira a situação nas seis regionais

FRONTEIRA OESTE

A regional da Fronteira Oeste encontra-se com 44,11% da área colhida. Algumas áreas foram atingidas por granizo e vento na última semana, ocasionando perdas diretas na produtividade. Do total semeado, os valores estimados de áreas perdidas por falta de água estão até o momento em 32.500 hectares. Em termos percentuais, o município de Maçambará é o mais atingido, porém as outras cidades da regional que compõem os Nates de Itaqui, Uruguaiana e Alegrete possuem a maior perda real em hectares. Outro fator observado até o momento é o menor rendimento de grão inteiro e maior percentual de impureza das cargas, quando comparado com a safra passada.

PLANÍCIE COSTEIRA EXTERNA

Área de arroz com quase 30% colhida. Lavouras que não passaram por maiores problemas climáticos apresentam bons patamares de produtividade. As lavouras da região de Mostardas até São José do Norte, que foram afetadas pela salinidade, estão iniciando a colheita. As condições estão sendo avaliadas, mas as perdas são evidentes. Na região de Morrinhos do Sul, uma lavoura de 55 hectares foi atingida por granizo, com danos leves. As lavouras de soja continuam sendo afetadas pela falta de chuvas regulares.

CAMPANHA

A Região da Campanha está com 19,34% da área colhida, 67% da área em fase de maturação e os 13% restantes ainda na fase reprodutiva. Os resultados de colheita, de maneira geral, indicam qualidade de grãos inferiores aos normais de cada cultivar. Em Dom Pedrito e Rosário do Sul, as chuvas de granizo atingiram de maneira severa em torno de 900 hectares de lavouras de arroz. Os valores serão mensurados durante a fase de amostragem no início da colheita dessas áreas. Os municípios da região da Campanha contabilizam 2.300 hectares de lavoura de arroz perdidos devido ao prolongado período de estiagem. Onde a estiagem causou maiores prejuízos foram em Cacequi, Santana do Livramento e São Gabriel.

REGIÃO CENTRAL

A Região Central está com 17,21% da sua área de arroz colhida, 42,8% em maturação e 40% ainda no estádio reprodutivo. As lavouras colhidas até o momento têm apresentado produtividades de acordo com a média dos últimos anos e ligeiramente inferiores à da última safra, que teve resultados excepcionalmente positivos. Ressalta-se, porém, que as áreas colhidas até o momento, em sua grande maioria, não tiveram problemas de deficiência hídrica. Ainda estão por colher áreas que foram severamente afetadas pela estiagem. Cerca de 3.850 hectares foram perdidos. Destacam-se as perdas dos municípios dos Nates de Cachoeira do Sul, São Sepé, Candelária, Agudo e Restinga Seca, porém, havendo áreas perdidas ou atingidas pela estiagem em todas as cidades da Regional. Quanto ao rendimento de grãos inteiros, este está abaixo do que foi obtido nas últimas safras e em relação ao que é esperado das cultivares, apesar já de ter apresentado uma melhora com o avanço da colheita.

PLANÍCIE COSTEIRA INTERNA

Na região da Planície Costeira Interna, quase 11% das lavouras de arroz já foram colhidas, sendo que 14,5% encontram-se no estádio reprodutivo e 75,5% em maturação. O clima está favorável para a colheita, embora em partes da região, mais especificamente no entorno de Tapes, os aguaceiros constantes estão prejudicando o bom andamento. As lavouras colhidas até o momento estão com a produtividade dentro da normalidade, ou seja, na média das últimas safras. A preocupação é com a qualidade dos grãos, que poderão ter sido afetados pelas altas temperaturas registradas em janeiro.

ZONA SUL

Cerca de 10% da área da regional Zona Sul encontra-se colhida e 40% pronta para ser colhida. A produtividade segue, até então, a média do ano passado. Aproximadamente 80% já encerrou a irrigação, sendo suficiente a água disponível para concluir a irrigação do restante da área. O sinistro provocado por granizo atingiu mais de 1.000 (mil) hectares em Santa Vitória do Palmar, causando graves prejuízos na cultura do arroz e também na soja. Não ocorreram prejuízos relacionados à salinidade da Lagoa dos Patos. Ainda não foi possível mensurar as perdas causadas pelo excesso de calor.

7 Comentários

  • Finalmente o IRGA começa a divulgar as quebras , indústrias recém estão se dando conta da realidade e por isso essa semana já começou uma corrida atrás de arroz mas não podemos deixar de exportar quando chegarem os navios , problema esse ano é achar arroz de alto rendimento para mercados que pagam mais como o Peru , eles vão ter que pagar mais pois os problemas de qualidade de arroz é de todo Mercosul, até o Uruguay com rendimentos muito fracos

  • Acho q a quebra real está por vir Colheita bem abaixo do esperado e grão de baixo rendimento a indústria q não correr para enxer as cambucas vão ficar sem marteria prima.

  • Conversa mole, o grito esta sendo maior que a dor. Tem quebra, tem perda, tem falta de água, tem baixa produtividade, tem baixa qualidade de grãos, tudo isso sabemos, mas arroz não vai faltar nunca para as indústrias, tirem isso da cabeça. O papel aceita tudo, a indústria não deve se desesperar, pois se pagar muito caro pelo arroz agora, não vai repassar ao varejo e ao atacado. Já falei 1 milhão de vezes aqui, arroz é comida de pobre, quem compra os grandes volumes de arroz é a grande massa do povo pobre, se ficar caro, vai mofar nos silos, tanto das indústrias, quanto dos produtores, não adianta vir aqui chorar, falem o que quiserem, preço caro de arroz não se sustenta. Tenho quase 30 anos de mercado de arroz, pelo menos mais de 15 anos a frente da área comercial e vou escrever com letras maiúsculas, por que não consigo desenhar aqui para os cabeças de tomate. ARROZ CARO NÃO VENDE.

  • Esses comentários de indústriais que são uma lorota, basta ver o histórico de preços para ver se o arroz não valeu em anos de El nino , o tempo que o sr Paulo Marques tem de indústria eu tenho de lavoura e sempre foi assim , anos que falta arroz ele sobe absurdamente e anos que sobra ele cai as vezes pela metade , o certo é que ninguém deixa de comer arroz pelo preço, o consumo baixou pela alta do poder aquisitivo em que o pessoal começou a comer mais proteina mas em tempos de crise o consumo aumenta, a indústria tem seu artifícios como receber arroz a depósito nos seus armazéns e comprar do Uruguay pra não subir o mercado interno , mentalidades como a do seu Paulo que está a décadas na indústria e aprendeu só a ganhar em cima do casca esta cheio nas indústrias gauchas , basta ver que estão a 50 anos vendendo arroz em fardos se 1, 2 ou 5 quilos, não se reinventam nem se modernizam para vender produtos de arroz com valor agregado ,nem baixam o custo de sua indústria pois se acostumaram a passar toda sua incompetência para o casca .
    O produtor se reinventou e com soja a 200 contos é só usar o sistema de irrigação para plantar soja ou até milho e a indústria que compre da Azia ou EUA .

  • Sr. Claiton, não vou nem discutir dessa vez, só repetir, arroz caro não vende, aceita que dói menos meu amigo!!! Hahahahahaha.
    Outra coisa sr. sabichão, quando falas em agregar valor ao arroz, qual seria a sua ideia nesse sentindo, quem sabe eu possa fazer aqui na minha indústria e lhe pagar 200 conto no saco do casca e vender esse seu produto “P…das galáxias” lá em Dubai.
    Faz favor Sr. Claiton, nos poupe das besteiras.

  • Quer que eu saia da lavoura pra te ensinar , o problema do Brasil é esse apesar de termos um agro super evoluído que mesmo sem subsídios concorre com o mundo todo de igual para igual, temos uma indústria arcaica , não admira de estarmos desindustrializados, me poupe com suas besteiras que arroz caro não vende , só olhar os preços históricos do Irga e ver que em anos de escassez ele valia de 17 , 18 até 20 dólares, e anos de super safra de 10 a 12 dólares, detalhe é que o consumo sempre estável, mesmo com preços altos o consumo não cai.
    Diga pra si mesmo seu Paulo Marques , com preços altos eu não tenho capacidade de vender pois não sei enfrentar o varejo e nem consigo fazer um arroz de qualidade , farinha de arroz ou bolachinha de arroz ,por isso não posso pagar caro no arroz e os produtores que vendam abaixo do custo.

  • Meu amigo, quando o casca bateu na casa dos 20,00 dólares, foi á em 2008, depois em 2012 e na pandemia em 2020, se me recordo bem, pode que tenha ocorrido em outros anos, mas esses é que lembro e foi pura especulação, tanto que não se sustentou em nenhum desses anos. Preço do casca em dólar, seria na faixa de 15 até no máximo 17 dólares, é nesses patamares que devemos ficar, esse é um mercado aceitável e não 20 dólares, acima de 17 dólares o arroz já começa a ficar caro.
    Agora pode chorar Sr. Claiton…hahahahaha

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