Irga projeta semeadura em 969.192 ha na safra 2020/2021

 Irga projeta semeadura em 969.192 ha na safra 2020/2021

Semeadura já começou em alguns pontos do Estado

Indicativo do Irga fica abaixo de todas as consultoria econômicas privadas.

A intenção dos produtores do Rio Grande do Sul é semear 969.192 hectares nesta safra de arroz 2020/2021. O levantamento foi realizado pela Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) do Instituto Rio Grandense do Arroz, a partir de informações coletadas pelas equipes dos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates) do Irga junto aos orizicultores.

A projeção aponta para um crescimento de 3,5% em relação à área de 936.316 ha colhida na safra 2019/2020. São 32.876 hectares a mais. Já em relação à intenção de safra 2019/2020 (946.276 ha) projetada pelo Irga no ano passado, o crescimento é de 2,36% (mais 22.916 ha).

Conforme o levantamento da autarquia, os municípios gaúchos com maior intenção de área semeada de arroz são: Uruguaiana, com 78.500 ha; Santa Vitória do Palmar, 68.436 ha; Itaqui, 56.492 ha; e Alegrete, 54.837 ha.

SOJA EM ÁREAS DE ARROZ

Em relação à semeadura de soja em rotação com arroz, o levantamento do Irga projeta uma área de 353.731 hectares, com um incremento de 20.937 ha em relação aos 332.794 ha da safra anterior. Na soja, as intenções por regionais são as seguintes: Zona Sul, com 99.061 ha; Campanha, 86.483 há; Planície Costeira Interna, 63.981 ha; região Central, 37.797; Fronteira Oeste, 34.565 ha; e Planície Costeira Externa, 31.844 ha.

“A avaliação da Diretoria Técnica é de que os produtores entenderam o processo de fazer as coisas certas, no momento certo e com os recursos adequados. O agricultor gaúcho está entendendo que para ter lucro precisa estar com tudo bem planejado. É isso que o Irga defende há muitos anos, principalmente por meio dos projetos 10 e o 10+. Apesar do preço do arroz com alta histórica, o arrozeiro está com uma intenção de área muito parecida com a safra anterior porque entendeu esse recado: para ser eficiente, para ter lucro, precisa ter planejamento e que seja muito bem executado”, acrescenta o diretor técnico da autarquia, engenheiro agrônomo Ivo Mello.

 

8 Comentários

  • No meu entender o Irga sempre se precipitando em seus prognósticos precoces.
    Lançado números com aumentos expressivos de aumento de área sem ao menos avaliar os níveis das barragens e açudes e não considerar que o sal da lagoa dos Patos não recuou das margens dos principais pontos de recalque das lavouras totalmente dependentes deste manancial.
    Qual o motivo real destes lançamentos numéricos aleatórios , na véspera do inicio do plantio da próxima safra ?

  • Ainda acho que deveriamos plantar umas 15.000 ha e permanecer na mesma área do ano passado! Mas enfim Centro-oeste, SC, Uruguai e Argentina estão reduzindo ou plantando a mesma área a produção será suficiente para abastecer o país, salvo uma disparada do dólar! Aguardemos se haverá agua nas barragens para ver se essa área será realmente plantada e se o clima irá colaborar na janela. Ano passado inicio de setembro estavamos plantando. Foi o que nos salvou. Arroz do cedo deu bem. Do tarde foi horrivel. Cada ano é uma batalha e parece que o friozinho vai até final de setembro!

  • Segundo alguns institutos de pesquisas meteorológicas o ano é de águas menos aquecidas no Pacífico Tropical, que por sua vez acarreta em menos chuvas no Cone Sul da América Latina. Em relatos de amigos, as barragens estão baixas nos principais complexos hidrográficos do RS. Esse cenário se confirmado, dificulta a manutenção dessa previsão de área cultivada.

    Adotando a hipótese de que a área cultivada seria de 969.192Ha, com a produtividade igual a 2019-2020, de 8.402 kg/ha, daria uma safra gaúcha de 8,14 milhões de toneladas, um acréscimo de 3,8% com relação a safra 19-20 ( 7,84 milhões de toneladas ). Acredito que dentro de uma normalidade, mas…

    Segundo estudos, a variedade IRGA 431 apresentou produtividade experimental de 13.000 / Ha, essa cultivar foi plantada por 8% na colheita de 19-20, caso a participação dessa cultivar aumente e caso a produtividade seja essa mesma, teremos uma super safra em 20-21. Hipoteticamente, usando média de 8.402 kg por Ha em 60% da lavoura 20-21 e 40% de Irga 431, teríamos um resultado de safra em torno de 9,92 milhoes de tonelada, um avanço de 26% na safra. Logicamente, numa hipótese de 40% Irga 431 e 60% demais variedade e usando os 13.000kg/ha do experimento para a Irga 431.

    Isso tudo orbitando em conjunto com possível e factível redução do consumo de arroz no varejo brasileiro, com o custo atual ( 04-09-20 ) para o consumidor, em média de R$4,50 na praça São Paulo e com Moda de R$5,98 p kg para marcas mais nobres, aliado a possibilidade de retirada da TEC que ainda não é assunto descartado,

    Se não tomar cuidado, o preço despenca ano que vem…

  • Esses paulistas gostam de projeções e prognósticos que alardeiam números utópicos muito desconectados da realidade.
    Qual a fonte deste cidadão que afirma que os reservatórios estão cheios ??
    Tá completamente por fora!!
    E sobre a variedade 431 ? outro fora!! ela produz muito menos que a 424, e quem plantou este ano ficará somente na 424.
    Aí de São Paulo meu amigo, difícil opinares sobre o que acontece aqui no RGS.
    Te informa melhor sobre a nossa realidade!!

  • Caro Sr Azambuja,

    Uma boa interpretação de texto lhe ajudaria a ser menos equivocado. Vamos por partes, eu disse, ‘ Barragens Baixas’ ou seja os níveis das águas nos rios do RS estão BAIXOS.

    Continuando…

    Sobre a produtividade do IRGA 431 segue um link ao Sr ai, pra veres que não tirei da minha cartola:

    https://www.planetaarroz.com.br/noticias/19739/Resultados_da_cultivar_IRGA_431_CL_sao_apresentados_a_produtores_de_sementes_certificadas

    Mas insisto na questão tocante a BOA INTERPRETAÇÃO DE TEXTO, com ela, seria perfeitamente possível o Sr averiguar que foi posto tudo no campo das hipóteses, pois acredito eu que o setor tem bons desafios pela frente e só a boa troca de informações geram resultado.

    Entendo um pouco por que o setor sofre tanto… por coisas assim: só lamento.

  • Sobre a produtividade do IRGA 431, eu não tirei da minha cartola ou bola de cristal, tirei dessa reportagem:

    https://www.planetaarroz.com.br/noticias/19739/Resultados_da_cultivar_IRGA_431_CL_sao_apresentados_a_produtores_de_sementes_certificadas

    Não obstante, elaborei meu cometário todo no campo da ‘ hipótese’ ou seja, não tratei como verdade absoluta nenhum dos temas.

    Fiz dois prognósticos, um com a produtividade média da safra passada, de 8.402kg/ha e um prognósticos com uma hipótese híbrida. Refute-me com números oficiais, pois a verdade estou aqui pra trocar, compartilhar, absorver conhecimento e não ficar de proselitismo sem foco algum.

    O setor padece de troca de conhecimento, Open Inovation, mas isso paraece uma realidade / universo paralelo à vossa conduta.

    Saudações de um Paulista que ajuda a cultura gaúcha no Estado de maior consumo nacional.

  • Caro sr De Paula, (Paulista sem demérito)
    Não há como interpretar erroneamente o que está explícito, e distorcer comentários é prática usual de quem não acha argumentos para réplicas em questões fundamentadas e se baseia em prognósticos utópicos lançados a mídia com intuito de influenciar pessoas desinformadas.
    Por estarmos nós Gaúchos no extremo sul e não centro do país não quer dizer que somos alienados em termos de informação.
    A grande mídia, Conab, Ibge, e até mesmo o nosso Irga gostam de jogar ”ao vento ” prognósticos e projeções sem fundamento estatistico, ou seja, sem o levantamento correto e apropriado de dados….prognósticos estes que o amigo aí de São Paulo cita em seus comentários. Portanto cidadão, seria de bom grado que um dia o amigo se programasse para fazer um tour aqui no RGS pelas principais regiões produtoras e contatasse com seus ”próprios olhos ” a nossa verdadeira realidade produtiva. Saudações de um gaúcho já com idade e farto de falsas informações.
    P.S- como exemplo, os organismos citados, os agentes da industria e do varejo sempre afirmaram que o consumo estava queda, agora o papo é outro, entende o que quero dizer ? os interesses financeiro até o presente momento sobrepunham as informações reais , agora escancaradas!!

  • Entendo vossa posição quanto as informações que nesse país, e de certa forma no mundo todo são disponibilizadas por muitas vezes de forma distorcida. A famosa era das Fake News, vivemos em seu apogeu. Eu também não gosto de falsas projeções, mas eu preciso fazer análises, meu trabalho exige prognósticos, exige que entenda o curso que esta sendo traçado em nosso segmento: arroz.

    Agradeço pelo convite, e aceito sim a honrada visita com o nobre amigo debatedor. Afinal, concordo, minhas fontes não são in locu, mas sim as disponibilizadas por órgãos, institutos, ministérios, imprensa e secretárias, como IRGA, Federrarroz, CAMEX, MAPA, IBGE, Ministério da Fazenda, Planeta Arroz, Rural BR, CEPEA ESALQ USP, dentre outras. E concordo, por vezes de nada adianta tanta pesquisa.

    Mas, no tocante de nossa discussão ( no bom sentido ), levanto três pontos principais:

    – Estimativa de Area Pantada X Produtividade 2020-21
    – Retração no consumo com o Arroz entre R$4,5 e R$6,00 o kg no PDV do Centro Sul do país.
    – Retirada da TEC para importação do arroz, que ainda não é assunto definitvo no Palácio do Planalto, Esplanada dos Ministérios e Congresso.
    – A junção de toda a problemática acima ante a safra 2020-21. E a eminente retração abrupta dos preços entre Março e Maio do Ano que vem, caso exista um alinhamento entre: retirada da TEC, Aumento da safra e diminiuição do consumo interno no segundo semestre.

    Não mencionei as exportações devido ao fato de o arroz no mercado interno estar elevado, e na conversão algo em torno de U$18,00, o que nos faza menos competitvo que no primeiro semstre onde exportamos mais de 1 milhão de toneladas no acumulado Jan-Jul – ( Segundo CAMEX ) .

    Meu trabalho e buscar a melhor leitura posspivel do mercado.

    Errando ou acertando, tenho que continuar buscando essa leitura. Com as melhores ou piores fontes, tenho que seguir buscando…

    Saudações de um Paulista que admira a força de trabalho gaúcha, que respeita a cultura do arroz e que faz de tudo ao meu dispor para que a rizicultura tenha maior valorização na ponta consumidora.

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