La Niña ganha força e vai até o inverno, diz meteorologista
La Niña, apesar de estar diminuindo a sua intensidade, deverá voltar a se intensificar ao longo do outono e do inverno.
Após baixa, intensidade do fenômeno volta a subir em um repique e faz com que situação se agrave ainda mais na Argentina, que já sofre com sua pior estiagem em 30 anos. Além disso, deve se estender até o inverno e trazer o frio mais cedo, que pode avançar até o sudeste.
Luiz Renato Lazinski, meterologista do Instituto Nacional de Meterologia (Inmet), avalia que o La Niña, apesar de estar diminuindo a sua intensidade, deverá voltar a se intensificar ao longo do outono e do inverno.
Este fenômeno traz um impacto negativo na produtividade do centro-sul, sobretudo no sul do Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai. Em outros locais, as chuvas podem vir irregulares, com períodos que chovem pouco e períodos que chovem muito.
A tendência é que a estiagem, assim, permaneça na Argentina. Com plantios em fase crítica de enchimento de grãos, os volumes devem continuar abaixo da média na maior região produtora do país, que envolve as províncias de Buenos Aires, Santa Fe e Córdoba. Este padrão de chuvas escassas deverá ocorrer até abril, como aponta Lazinski, bem como as temperaturas devem permanecer altas.
Para o milho safrinha brasileiro, as chuvas devem ficar regulares para o Centro-Oeste, mas São Paulo, Mato Grosso do Sul e a região Sul do Brasil devem enfrentar problemas. Existem chances de geada no inverno, mas o meterologista acredita que serão mais espaçadas.
Ele visualiza, ainda, que o início da primavera deve ser de La Niña fraco ou neutro, de forma que o clima no Centro-Sul pode continuar ruim para a safra 2018/19.