La Niña, que impacta na estiagem no RS, pode se prolongar
(Por Matinal) As probabilidades do La Niña – o resfriamento das águas do Oceano Pacífico – se prolongar até o inverno aumentaram, segundo este boletim da Agência Nacional de Oceano e Atmosfera, dos Estados Unidos. Os especialistas do órgão apontaram que o fenômeno, que tem impacto direto na estiagem que atinge o Estado, tem hoje 77% de possibilidade de persistir até o final do outono – o número no mês passado era de 68%.
O La Niña altera o padrão de circulação dos ventos, o que, dependendo da época do ano, interfere nas chuvas e na temperatura no Sul do Brasil. O RS tem hoje 408 municípios que já acionaram a Defesa Civil em razão de problemas com a seca. Desses, 374 estão com situação de emergência homologado, e 326 com a situação já reconhecida pela União. Mas mesmo Porto Alegre, que não está nesta lista, enfrenta transtornos, como o abastecimento em algumas regiões.
Ao longo do segundo ano consecutivo enfrentando o fenômeno, mais de quase 260 mil propriedades já foram afetadas pela estiagem em solo gaúcho. Além de um prejuízo de pelo menos 47 bilhões de reais para o setor, a queda na produção deve pressionar a inflação dos alimentos em 2022.