Ladeira abaixo

Preços do arroz já cairam meio ponto percentual este mês, em relação a setembro. Até semana passada a alta beirava os 2%.

As últimas duas semanas do mês de outubro não fizeram bem para as cotações do arroz no Rio Grande do Sul. Segundo dados do indicador Cepea/Esalq e BM&F, o produto em casca, acondicionado em sacas de 50 quilos (58×10), colocado na indústria, encerrou esta quarta-feira valendo R$ 35,42, acumulando perda de 0,51% no mês.

A queda de preços ladeira abaixo, segundo os analistas, está diretamente ligada à dificuldade de crédito das indústrias para capital de giro e formação de estoques, pois volume significativo foi investido nos últimos quatro leilões da Conab, cujos volumes retirados dos armazéns ainda são pequenos.

– Há problemas de logística, de interesse dos armazenadores e, em alguns casos, da própria indústria na retirada deste produto dos estoques públicos – disse um corretor ouvido por Planeta Arroz.

Com isso, em algumas regiões do estado a oferta por parte dos produtores aumentou e a indústria se retraiu no mercado. Algumas empresas estão fora de mercado. Só compram com larga vantagem e produto depositado, remanescente da última safra.

O excesso de leilões sem o fluxo de retirada dos estoques, beneficiamento e entrada do produto no mercado do industrializado, é a principal razão da queda de preços. Mas, há reflexos internacionais também. A incerteza da crise econômica e suas proporções no setor provocam um clima de ansiedade no agronegócio. Os preços internacionais do arroz também apresentaram baixa nos últimos meses. Ainda assim, não há vantagem para a importação do Mercosul. Muito menos de terceiros mercados.

Os analistas acreditam que, sanadas as questões relacionadas aos leilões e à liberação de armazéns, a tendência é do produto voltar a subir no mercado livre.

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