Leilões de contratos de opção de arroz negociaram 560 contratos
(Por Planeta Arroz) Ao contrário do que houve nesta quinta-feira, com os agricultores familiares, os leilões de contratos de opção de arroz em casca promovidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta sexta-feira tiveram interessados e alcançaram a comercialização de 566 contratos com sete empresas arrematantes do Rio Grande do Sul. O volume de negócios corresponde a 7,6% do total de contratos ofertados para o estado e a 5,4% da oferta total, englobando Santa Catarina, estado no qual não houve interesse na oferta. Nos dois casos, o fechamento ocorreu pelo prêmio de abertura, em 14,1944/50kg.
Cinco empresas de São Borja, na Fronteira Oeste, uma de Camaquã (Planície Costeira Interna) e uma de Arroio Grande (Zona Sul) foram as interessadas, segundo relatório divulgado pela Conab no final da tarde.
Segundo a Conab, o Contrato de Opção de Venda é uma modalidade de seguro de preços que dá ao produtor rural ou à sua cooperativa o direito, mas não a obrigação, de vender seu produto para o governo, em uma data futura, a um preço previamente fixado. Nesta sexta-feira (6/12), foram realizados dois leilões e todos os produtores e cooperativas de arroz poderiam participar.
Dos 10.300 contratos de 27 toneladas cada, foram negociados 566. O lançamento dos contratos de opção de venda pública de arroz, segundo a Conab, é uma medida do governo para tentar estimular o plantio do cereal no país. As operações contam com cerca de R$ 1 bilhão de orçamento para a aquisição de até 500 mil toneladas de arroz longo fino em casca, tipos 1 e 2 da safra 2024/25.
A preocupação do setor é de que os preços ofertados pelo governo passem a referenciar o mercado (livre) do grão, pois são valores abaixo do atualmente praticado.
A saca de arroz com 58% de inteiros gira entre R$ 97,00 e R$ 105,00 no RS atualmente, mas o governo federal ofertou, via contratos, o favor de R$ 87,62 por saca do Tipo 1 e R$ 81,48 para o Tipo 2. Na linha de exportação (55% a 56% de grãos inteiros) a oferta foi de R$ 81,94 no Tipo 1 e R$ 76,20 no Tipo 2, mas na semana passada alguns produtores venderam com média de R$ 108,00 a saca colocada em Rio Grande. Descontados frete e taxas, o valor líquido recebido pelos arrozeiros ainda foi maior, na casa dos R$ 98,00 a R$ 100,00, uma diferença de R$ 10,38 a R$ 12,38 por saca do Tipo 1 (58%).
A expectativa do setor era de uma oferta de contratos – que estabeleceria preços referenciais baseados no leilão – mais próximos do valor em que o mercado operava há 15 dias, acima de R$ 105,00, portanto. Na próxima sexta-feira a Conab voltará a ofertar contratos de opção de arroz na BBM. A expectativa é de que mais empresas participem.