Leis do arroz

 Leis do arroz

O deputado estadual gaúcho Jerônimo Goergen está comprando mais uma briga em favor da orizicultura gaúcha. Autor das duas leis de grande interesse da lavoura arrozeira no ano passado (a que obriga a cobrança da taxa CDO do arroz importado do Mercosul e a que estabelece obrigatoriedade de pesagem e exame fitossanitário e de resíduos tóxicos no arroz dos países vizinhos), o deputado agora vai mexer em vespeiro: desengavetou na Assembléia Legislativa um projeto de lei que estabelece a escolha do presidente do Irga pelo conselho deliberativo do instituto e está apresentando um projeto de lei que obriga o recolhimento da CDO, em torno de R$ 25 milhões por ano, diretamente aos cofres do instituto. Hoje, o dinheiro cai no Caixa Único do Estado. Com as dificuldades financeiras do Governo gaúcho, o débito do Caixa Único com os cofres do Irga já é milionário.

 

Ciclo curto

O conjunto de regras das leis ambientais (Lei das Águas e Lei de Gestão de Proteção dos Recursos Hídricos) despertará para a utilização mais intensa de cultivares de ciclo biológico superprecoce e precoce na lavoura de arroz irrigado do Rio Grande do Sul. A opinião do agrônomo Arlei Terres, que será homenageado como cientista do arroz durante a Abertura da Colheita, em São Gabriel, se deve ao fato de que essas variedades requerem menor volume de água na irrigação, além de maximizarem a área de cultivo através da rotação com outras espécies anuais de ciclo curto. Ele assinala que, indiretamente, a Lei das Águas exige do orizicultor o dimensionamento, com precisão matemática, de sua fonte de água.

 

Sem choro

Se depender do secretário da Agricultura e Abastecimento do Rio Grande do Sul, João Carlos Machado, a lei estadual que determina análise fitossanitária e pesagem das cargas de arroz e outros produtos oriundos do Mercosul, será cumprida à risca. Não vai ter choro. Machado, que é arrozeiro e foi prefeito de Camaquã (RS), afirmou que “não podemos facilitar ou deixar que produtos sem a mesma sanidade exigida para o produto gaúcho entrem no Rio Grande do Sul”. A legislação exige análise fitossanitária e pesagem do arroz, trigo, alho, cebola e mais uma gama de produtos do Mercosul que entram no Rio Grande do Sul. A posição de Machado é festejada pelas lideranças arrozeiras do Rio Grande do Sul, que apóiam sua indicação e depositam muitas esperanças em seu trabalho.

 

 

Mistura perfeita

 O arroz é rico em amido, sendo uma ótima fonte de energia. Além disso, o arroz fornece ferro, vitaminas B e proteínas. Já o feijão é um dos vegetais mais ricos em proteína, que tem a sua absorção pelo organismo facilitada pelo amido contido no arroz. O feijão também é rico em ferro e outros minerais fundamentais para o bom funcionamento do organismo. A combinação desses dois alimentos é perfeita, pois além de fornecerem diversos nutrientes, os aminoácidos que faltam em um alimento são encontrados em outro. Por exemplo: o arroz é pobre no aminoácido lisina, que por sua vez é encontrado em abundância no feijão; já o aminoácido metionina é pobre no feijão, mas tem em abundância no arroz. A proporção ideal é de três porções de arroz para uma porção de feijão.

 

Sosbai

A Sociedade Sul-brasileira de Arroz Irrigado (Sosbai) está com um novo website. Em www.sosbai.com.br é possível encontrar diversas informações técnicas sobre arroz irrigado, como recomendações e publicações técnicas, além de informações sobre eventos, links, histórico da sociedade, lista de associados e estatuto vigente. O site disponibiliza também os arquivos com os anais dos dois últimos congressos brasileiros de arroz irrigado. A sociedade atualmente é presidida por Ariano de Magalhães Júnior, pesquisador da Embrapa Clima Temperado, e realizará de 7 a 10 de agosto de 2007 o 5º Congresso Brasileiro do Arroz Irrigado e a 27ª Reunião da Cultura do Arroz Irrigado. O evento acontecerá em Pelotas (RS).

 

Participação da RiceTec cresce 75%

 O balanço anual de 2006 da RiceTec, empresa líder em arroz híbrido nas Américas, aponta um crescimento de 75% na área plantada no Brasil. O diretor da empresa para o Mercosul, Markus Ritter, atribui esse crescimento à produtividade superior que o arroz híbrido oferece em relação ao convencional. “A média, em variedades convencionais no Rio Grande de Sul, é de 6,5 mil kg/ha, enquanto o híbrido produz de nove até 15 mil kg/ha em alguns casos”, comentou. Além dos tradicionais Avaxi, Tiba e Sator CL já comercializados pela empresa, para a safra 2007/2008 estão previstos os lançamentos de três novos híbridos, sendo todos altamente produtivos. O Avaxi CL e o Inov, que são híbridos de ciclo precoce, porém com qualidade de grãos diferenciada, e o Ecco, que foi desenvolvido para a região Centro-oeste do Brasil, também com excelente produtividade e qualidade de grãos.

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