Maior produtividade e melhor qualidade
BRS Fronteira: cultivar de alto potencial produtivo
Produtividade e qualidade de grãos são referenciais.
A BRS Fronteira é a nova cultivar de arroz irrigado para os estados do Rio Grande do Sul e São Paulo, desenvolvida pela Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás-GO), Embrapa Clima Temperado (Pelotas-RS) e Embrapa Transferência de Tecnologia (Brasília-DF), unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
As regiões recomendadas para o cultivo da BRS Fronteira são preferencialmente as áreas de abrangência da zona costeira, depressão central e fronteira-oeste do Rio Grande do Sul, cujo nome da cultivar faz alusão, e o Vale do Paraíba, no estado de São Paulo.
Quanto à produtividade, a cultivar alcançou a média de oito toneladas por hectare em um total de 21 experimentos conduzidos ao longo de dois anos agrícolas no Rio Grande do Sul. “Isso significa uma produtividade 18% maior que a obtida com a BR Irga 409”, afirmou o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Veridiano Cutrim.
Outro aspecto destacado pelo pesquisador é a qualidade de grãos da BRS Fronteira. O rendimento de grãos inteiros no beneficiamento é de cerca de 60%, semelhante ao da BR Irga 409. Entretanto, a primeira apresenta menor queda no rendimento de grãos inteiros, quando há atraso na colheita. “Após 45 dias da floração, a BRS Fronteira possui rendimento de inteiros de 50%, enquanto que a BR Irga 409 tem 40%”, disse Cutrim.
O pesquisador lembra ainda que para obter esse rendimento é preciso colher os grãos com teor de umidade por volta de 22% e que, no caso da BRS Fronteira (ciclo entre 125 e 135 dias), o ponto ideal de colheita é entre 30 e 35 dias após o florescimento médio da lavoura.
QUALIDADE – Ainda sobre a qualidade de grãos, Cutrim afirmou que a nova cultivar tem grãos classificados como longo-fino, com boa aparência física, baixa incidência de centro branco e cozimento solto e macio, similares à BR Irga 409.
Conforme o pesquisador, a comparação, tendo sempre como referência a BR Irga 409, se deve ao fato dos grãos dessa cultivar serem bastante valorizados no mercado e terem ampla aceitação pela indústria arrozeira, apesar dela ter sido lançada há mais de 25 anos.
A BRS Fronteira será licenciada a empresas de multiplicação de sementes na próxima safra e deverá ser vendida aos agricultores na safra 2008/2009.
