Marrecos voltam às lavouras de arroz do Litoral Norte
Conforme o coordenador do projeto, Vicente Oliveira, do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), o uso de herbicidas ainda é o principal meio de controle do arroz vermelho.
Alternativa de renda para pequenos produtores de arroz, os marrecos voltaram às lavouras do litoral norte gaúcho. Após uma safra com grandes perdas devido as fortes chuvas na região, o número de marrecos nas propriedades diminui, mas continua sendo uma importante fonte de renda para os arrozeiros. Os marrecos combatem à infestação do arroz vermelho que ameaça 15% das propriedades gaúchas dedicadas ao plantio do cereal.
Conforme o coordenador do projeto, Vicente Oliveira, do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), o uso de herbicidas ainda é o principal meio de controle do arroz vermelho. Mas o alto custo do produto motivou a aplicação do projeto no período de entressafras. Esta tecnologia é utilizada há mais de quatro mil anos em plantações de arroz da China, para o controle de invasoras e redução do tempo nos trabalhos de preparo do solo.
No mês de abril, período da colheita, alguns grãos caem no solo, entre as quais sementes de arroz vermelho. Assim, acabam germinando e infestando a lavoura para a safra seguinte Segundo Oliveira, o uso dos marrecos ajuda para o equilíbrio ecológico, já que os marrecos de Pequim consomem todas as pragas que restaram na lavoura, facilitando o plantio, reduzindo o uso de produtos químicos e tornando a área mais rentável.
A estimativa é de que 25 mil marrecos estejam nas lavouras dos municípios de Morrinhos do Sul, Mampituba e Torres. Para agilizar a comercialização dos marrecos, um projeto foi encaminhado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para construir uma sala de abate. Foram liberados R$ 203 mil que serão investidos, também, em um veículo frigorífico. A verba será liberada em duas vezes, neste ano e em 2008.