Máximo possível
Em busca de renda
e por causa do clima,
país reduz a colheita .
Será de quase 12% a redução produtiva da safra de arroz 2017/18 no Brasil. A estimativa foi feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em seu sétimo levantamento da produção de grãos, em fevereiro, que prevê um montante de 10,653 milhões de toneladas a serem colhidas neste ciclo. A retração será de 11,7% frente à safra 2017/18, que colheu 12,064 milhões de toneladas. A área total também terá um recuo recorde de quase 268 mil hectares, ou 13,5%. Cairá de 1,972 milhão para 1,705 milhão de hectares cultivados.
A queda no volume de safra ocorre por três fatores: menor superfície semeada, perdas por razões climáticas e queda na produtividade média por interferência do clima, do manejo inadequado ou pelo ataque de pragas, doenças e infestações de plantas daninhas que competiram pelos nutrientes no Sul do Brasil. De maneira geral, a falta de renda na comercialização dos últimos anos afetou as dimensões das lavouras nos principais estados.
Mesmo com uma colheita menor no Rio Grande do Sul, principal produtor brasileiro, o país deve ter uma elevação na produtividade média em 2,1%, para 6.247 quilos por hectare.
A cultura do arroz é essencial para a segurança alimentar e nutricional para mais da metade da população mundial, além de o cereal ser integrante do hábito alimentar da nossa população. Sua produção ocorre em todo o país, mas tem maior concentração na Região Sul, que é responsável por mais de 80% da oferta nacional.
O arroz tem perdido área ao longo dos anos. Nas últimas 10 safras, a área cultivada com o grão reduziu aproximadamente 38%, sobretudo em áreas de sequeiro, uma vez que o produtor tem optado por culturas mais rentáveis.
Apesar da produção não ter sofrido grandes variações nesse período, o rizicultor nacional tem mantido a produção ajustada ao consumo, incrementando a produtividade com a utilização de um melhor pacote tecnológico. O salto de produtividade entre a safra 2000/01 e 2017/18 foi de 95% (de 3.197 para 6.118 quilos por hectare) com a elevação da predominância das áreas irrigadas. O Sul continua sendo a região mais relevante da orizicultura, representando 81,8% da colheita nacional, com 8,72 milhões de toneladas, seguido pelo Norte graças à produção do Tocantins, terceiro maior produtor brasileiro, Pará e Rondônia. A região soma 986,9 mil toneladas, ou 9,3% do arroz que sai das lavouras.
Nesta temporada, todas as cinco regiões do país apresentam declínio em área e volume colhido. Percentualmente, a maior queda ocorre no Nordeste, que encolherá em 42% a sua produção. Em números absolutos, o Sul diminuirá 1,03 milhão de toneladas.