Menos ingrediente ativo por hectare
A análise realizada pela Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (Esalq/USP) considerou o tipo de defensivo demandado em cada uma das culturas analisadas. Em termos de toxicidade, especialmente para os seres humanos, há uma significativa diferença entre as classes de defensivos, de forma que, em linhas gerais os herbicidas são os menos tóxicos, seguidos pelos fungicidas, acaricidas e inseticidas.
Segundo a avaliação, o arroz, em 2016, teve uma demanda relativa de 2,85 quilos de ingrediente ativo por hectare (Kg-IA/ha), o que representa um dispêndio de US$ 92,16 por hectares. Pelo câmbio de 30 de abril (US$ 1,00 = R$ 5,49) equivale a R$ 505,96. O milho usou 3,57 Kg-IA/ha e a soja 6,31 quilos. Em volume de ingrediente ativo por quilo de produto final, o arroz alcança 0,54g e um dispêndio de US$ 17,39 por tonelada do grão produzida.
A utilização de defensivos varia muito entra as culturas por questões agronômicas, técnicas e financeiras. Algumas culturas que apresentaram maior suscetibilidade às doenças demandam maiores níveis de proteção. Por outro lado, a menor demanda de produtos de defesa vegetal é acometida por menos pragas e doenças. O defensivo mais usado no Brasil é o herbicida, seguido do inseticida, do fungicida e do acaricida. A avaliação científica confirma que os produtores de alimentos do Brasil têm boa orientação técnica sobre o uso dos defensivos e os sistemas de proteção estão adequados às regras de segurança.