Mercado abre estável esta semana
Mercado entra em compasso de espera, mas ainda registra tendência de queda. Empresas seguem represando a compra, apenas garantindo o abastecimento mínimo.
Apesar de registrar uma tendência futura de queda, o mercado manteve-se estável desde segunda-feira (15) no Rio Grande do Sul, com tendência de preços médios em torno dos R$ 30,00 nas diversas regiões do estado.
A Fronteira-Oeste segue sendo a região mais ofertada pelo adiantamento de sua colheita, que deve aproximar-se dos 30% até sexta-feira. Uruguaiana, Dom Pedrito, Itaqui e Alegrete registram preços variáveis de R$ 29,00 a R$ 30,50 (com prazo de 30 dias) para a saca de 50 quilos com mais de 58% de inteiros.
Atacadistas e supermercadistas mantêm-se em compasso de espera, apenas realizando compras para garantir o abastecimento mínimo. O mercado de São Paulo está sendo considerado o mais problemático para a indústria gaúcha por conta do surgimento de muitas empacotadoras novas que vendem produto com marcas novas no mercado.
Nos últimos dois anos foi registrado um fenômeno de abertura de muitas novas empresas que compram o arroz no Sul e no Mato Grosso, já beneficiado, e acondicionam em embalagens próprias garantindo a revenda.
A indústria tradicional alega que muitas destas “empacotadoras” usam artimanhas para burlar as taxas maiores de ICMS e não pagam impostos, estabelecendo uma concorrência desleal.
Além de estoques residuais de produto importado da Ásia, a existência destas pequenas empresas seria a principal razão da superoferta de arroz beneficiado por até R$ 39,00 CIF, o fardo de 30 quilos de Tipo 1. Estas empresas, segundo fontes da indústria, costumam operar até o mês de agosto, quando perdem fôlego para competir com as grandes empresas sulistas, já que compram o produto exclusivamente nos momentos de baixa do mercado.
No momento, as empresas têm preferido atuar nos mercados do Nordeste e do Norte e nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.