Mercado brasileiro de arroz segue movimento de recuperação
A exportação de arroz do Brasil apresentou aumento significativo em comparação com mesmo período da safra anterior. Em junho deste ano foram exportadas 119,4 mil toneladas.
O mercado brasileiro de arroz seguiu apresentando reação na primeira semana de julho. No Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, os valores pagos pela saca apontam boa recuperação, mas seguem ainda abaixo do mínimo estipulado por lei.
A média gaúcha fechou a quinta-feira (07) a R$ 21,02 por saca de 50 quilos – a mínima ficou em R$ 20,17 e a máxima em R$ 21,88 por saca. Neste contexto, o governo segue utilizando seus mecanismos para alavancar o preço do arroz.
Neste dia 07, foram realizados leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro). Para o PEP foram disponibilizadas 140 mil toneladas, sendo 100 mil para o Rio Grande do Sul, 20 mil para Santa Catarina, 10 mil para Mato Grosso do Sul e 10 mil para o Paraná. Foram negociadas 104,5 mil toneladas ou 74,7% do total.
Até o momento, no ano comercial 2011/12, o governo ofertou através do PEP o montante de 1,460 milhão de toneladas, sendo 1,080 milhão comercializadas ou 74% do total. Via mecanismo de Pepro foram ofertadas 25 mil toneladas – 20 mil para o Rio Grande do Sul e 5 mil para Santa Catarina. Foram negociadas 8,3 mil toneladas ou 33% do total.
A exportação de arroz do Brasil apresentou aumento significativo em comparação com mesmo período da safra anterior. Em junho deste ano foram exportadas 119,4 mil toneladas, ante 57,6 mil toneladas de junho de 2010, apontando aumento significativo de 107%, ou mais que o dobro. Se comparado o período de março (início do mês comercial 2011/12) a junho de 2011 com o mesmo momento de 2010, observa-se um aumento de 183%, pois somente neste ano comercial 2011/12 foram exportados 341 mil toneladas do cereal. De março a
junho de 2010, haviam sido 120 mil toneladas.
Neste ano o arroz beneficiado é o principal produto enviado ao exterior, participando com 63% do total, seguido do arroz quebrado, com 27%, do arroz descascado, com 9%, e do arroz em casca, com 1%. Dentre os principais compradores do cereal brasileiro ainda estão alguns países da África, como Senegal, África do Sul, Nigéria, Gâmbia e Serra Leoa. Além desses, ainda tem boa participação países da América Latina, como Cuba, e da Europa, como
Espanha e Suíça.