Mercado cai no MT e está confuso no RS
O mercado do Mato Grosso apresentou uma semana de queda, enquanto o Rio Grande do Sul apresenta um quadro confuso de negócios, segundo analista da Safras&Mercado.
Os preços do arroz em casca voltaram a cair no Mato Grosso, segundo maior produtor brasileiro do cereal. Segundo o analista de arroz de SAFRAS & Mercado, Aldo Lobo, o preço está sendo pressionado pela maior oferta do produto. “O aumento na oferta deve-se à necessidade de se pagar contas, principalmente vencimentos bancários do custeio da safra”, explica Lobo.
Entretanto, os engenhos não estão comprando muito, por estarem bem estocados, fato que traz fraqueza ao mercado. O preço da saca de 60 quilos de arroz Primavera, com 50% de grãos inteiros, fica em R$ 33,00 em Sinop e Sorriso, ante R$ 33,00 e R$ 34,00 a saca na semana anterior. A colheita está encerrada no estado.
No Rio Grande do Sul, principal estado produtor, o mercado está confuso. “Os preços estão variando muito conforme a cidade e a negociação”, relata. O preço médio da saca de 50 quilos de arroz gaúcho com 58% de inteiros está sendo indicado em R$ 33,00. “Mas têm negócios saindo a R$ 32,50 e outros a R$ 34,50 a saca”, comenta Lobo. Na semana anterior, a saca de 50 quilos valia em média R$ 33,00.
A colheita também está encerrada no estado e passa de 95% no Brasil. Conforme o gerente da área de produção e serviços da Cooperativa Agrícola de Uruguaiana, Nadir Barragan, o preço do arroz em Uruguaiana, na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, “deu uma esfriada”. “Atualmente, a saca de 50 quilos com 58% de inteiros está indicada em R$ 32,00”, relata, salientando que a saca já valeu R$ 34,00.
Segundo Barragan, a queda no preço está associada a maior oferta do produtor que precisa pagar contas que estão vencendo. “Também está chegando alguma coisa de importação, fato que sempre pressiona a cotação”, ressalta. Mas no momento, o gerente destaca que o produtor está retraído, vendendo só o que precisa. “É bom lembrar que pouco arroz foi comercializado antecipadamente na região porque os produtores estão esperando preços melhores no segundo semestre”, comenta. (RR)