Mercado de arroz gaúcho mantém tendência de queda

Na comparação com o mesmo período do ano passado, é verificada uma baixa de 7%, quando o valor registrado era de R$ 36,05 a saca.

No mercado gaúcho de arroz, principal referencial nacional, os preços seguem apresentando fraqueza ao final da segunda semana junho. A saca de 50 quilos de arroz em casca valia, em média, R$ 33,53 na quinta-feira (11). Confrontada com igual período do mês passado – R$ 35,43 -, há queda de 5,4%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, é verificada uma baixa de 7%, quando o valor registrado era de R$ 36,05 a saca.

O nono levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira 2014/15 de arroz indica produção de 12,544 milhões de toneladas, o que representa um acréscimo de 3,5% sobre as 12,121 milhões de toneladas de 2013/14. No levantamento anterior, eram esperadas de 12,399 milhões de toneladas.

A área plantada com arroz na temporada 2014/15 foi estimada em 2,312 milhões de hectares, ante 2,372 milhões semeados na safra 2013/14. A produtividade das lavouras foi estimada em 5,425 mil quilos por hectare, superior em 6,2% aos 5,108 mil quilos por hectare na temporada passada.

O Rio Grande do Sul, principal Estado produtor, deve ter uma safra de 8,624 milhões de toneladas, equivalendo a avanço de 6,3%. A área prevista é de 1,120 milhão de hectares, estável ante os 1,120 milhão de hectares de 2013/14, com rendimento esperado de 7.700 quilos por hectare, ante 7.243 quilos da anterior.

Em Santa Catarina, a produção deverá recuar 0,9%, totalizando 1,057 milhão de toneladas. O estado é o segundo maior produtor do país. Para o Mato Grosso, a Conab está estimando uma safra de 573,3 mil toneladas, ante 579,1 mil toneladas calculadas para 2013/14.

1 Comentário

  • As ações e conjunturas nos trouxeram até aqui; preço fraco. Ano passado o preço do arroz reagiu depois de agosto e se intensificou em setembro, fato que acordou o governo que logo se dispôs a conter o preço via leilões da Conab, um atrás do outro. Com isso, erroneamente o produtor e profissionais envolvidos acharam que assim que o governo gastasse seu estoque os preços seriam lindos esse ano. Plantaram mais e a safra ( até que se prove o contrário ) foi muito “boa”. Talvez o “olho vivo” tenha dado lugar ao “olho gordo”. A ilusão de que o governo estava dando um tiro no pé em se desfazer dos estoques pôs o setor em xeque. Hoje temos uma economia fraca, desemprego e desespero da população, varejo enfraquecido e preços sem possibilidade de reação por que a oferta pode até nem ser tão grande assim, mas a procura diversificou. Os produtos “preço” ganharam força. Dormimos com o inimigo e agora pedimos clemência a ele. Só que o inimigo quer saber apenas do próprio umbigo, e arroz barato é bom pra cachorro.
    Na matéria vimos que Santa Catarina e Mato Grosso encolheram a safra, e RS aumentou… Á menos que demos vazão a produção não podemos produzir nossa capacidade, temos a competência de plantar, de colher, mas na hora de vender temos um cliente apenas, e ele é brasileiro. Desenrolar a exportação passa a ser uma saída latente para o setor, pois diferente de outrora o mercado interno está um nojo…
    Como vendedor de arroz, cansa saber que estamos vendendo mais barato que deveríamos, pois como um sábio já dizia ” posso até comer ovo de metal, mas a galinha que os bota eu tenho que dar caminha quente” . Temo pelo produto nacional, com tanta decepção e desistência ano que vem podemos ter uma invasão de arroz ratalinos e mecosulenos.
    Silos próprios , política exportadora, diversificação da lavoura, dos produtos, não vender arroz pra governo se possível, caso nada disso seja possível, CALOTE E PERNA PRA QUEM TE QUER!

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