Mercado doméstico aquecido sustenta preço do casca em outubro

Produtores estiveram mais ativos no mercado apenas a partir da segunda quinzena de outubro.

Em outubro, orizicultores do Rio Grande do Sul estiveram voltados para as atividades de semeio da safra 2014/15, favorecidos pelas temperaturas mais elevadas.

Com isso, produtores estiveram mais ativos no mercado apenas a partir da segunda quinzena, quando necessitavam “fazer caixa” para quitar pagamentos relativos à temporada.

Indústrias, por sua vez, mantiveram o interesse pelo casca durante todo o mês, apesar das queixas quanto às vendas de arroz beneficiado aos grandes centros consumidores.

Com isso, beneficiadoras ofertaram valores ligeiramente maiores para os lotes disponíveis no mercado spot, especialmente para o produto depositado nos armazéns.

O Indicador ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58% grãos inteiros) registrou ligeira alta de 0,6% em outubro, fechando a R$ 36,86/sc de 50 kg na sexta-feira, 31.

Entretanto, a média mensal foi de R$ 36,72/sc, 0,2% inferior à de setembro/14, mas 6% maior que a de outubro/13 – valores deflacionados pelo IGP-DI de setembro/14. (Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br)

16 Comentários

  • Engracado que só falam em atraso de plantio e ninguém fala em atraso de manejo, replantio, fitotoxides fortíssima de herbicidas, partes baixas das lavouras mortas etc…
    Ninguém consegue aplicar defensivos e ureia na lavoura para colocar água de irrrigacão, as primeiras lavouras plantadas estão sujas com as lagoas mortas e já deveriam estar com água a 10 dias, situação de caos nas lavouras do RS

  • Grande parte das áreas plantadas em Camaquã, estão com o mato tomando conta, passando do ponto de aplicar o herbicida com pulverizadores terrestres, pois as lavouras estão encharcadas não permitindo o uso; estão sendo usados os aviões agrícolas com aplicação aérea, mas os quais estão praticamente inoperantes por falta de pistas com condições de serem usadas, atolam e saem das pistas quebrando seus trens de pouso, devido ao barro, com riscos de ferimentos em seus pilotos.
    Controle de inços muito complicado, plantio deste ano é o mais estressante dos últimos anos.

  • Senhores de acordo com nossos “mensageiros da desgraça” ano que vem o RS vai plantar 2 milhões de toneladas….Bom que como não terei mais emprego na industria de arroz, vou poder abrir uma oficina para concertar os trens de pouso dos aviões…OLHO VIVO COM ESSE TERRORISMO AMIGOS!!!!

  • Planto no município de Arroio Grande, por aqui a situação é a mesma. O município não tem 50% da área plantada, as dificuldades de aplicações são as mesmas.
    Não é terrorismo não Sr. Antonio, o problema com chuvas é generalizado nas regiões norteroeste e sul do RGS. Talvez não seja a realidade da sua região que é fronteira com Santa Catariana.
    A situação é bastante crítica exigindo planejamento e uso intenso das ferramentas meteorológicas disponibilizadas pela internet.

  • Vejam a que ponto estamos nós produtores estamos chegando, não podemos nem relatar os problemas que estamos vivendo em nossas regiões orizícolas que somos tachados de terroristas por pessoas pelo que tudo indica nunca puseram seus sapatinhos em uma taipa de lavoura, só conhecem arroz por que estão em cima de caminhões para serem descarregados no pátio de industrias.
    E mensageiros da desgraça devolvo como réplica são pessoas como este cidadão de Três Cachoeiras que tem muito a aprender nesta vida, principalmente educação e respeito pelas pessoas a quem não conhece.
    Cresça como pessoa Sr. Antonio Paulo e Ganhará o respeito das pessoa de bem.

  • Na fronteira-oeste é tanta chuvarada que as barragens antigas infelizmente não estão resistindo ao volume d’agua e estão arrebentando as taipas… Por isso eu sempre falei aqui… A situação da lavoura de arroz no RS tem que ser regionalizada… Tem regiões que não choveu nem um terço do que choveu nas outras… Aqui na Mata caiu uma ponte na varzea do Rio Toropi… Lavouras e mais lavouras foram arrastadas pelas enxuradas (varzeas de São Sepe e Jacui, Rio Pardo)… Andemos mais pelo RS e menos pelo Nordeste… Não adianta conhecer a realidade de outros Estados, se não conhecemos nem a nossa própria… Ano terrível para o arroz de novo… O clima está maluco… A seguir veremos os calorões, excesso de luminosidade, seca, etc. Foi-se o tempo que plantar arroz era uma coisa previsível… Plantem Puitá, 409 e 417… Não inventem com promessas… Enquanto isso a SOJA voltou a subir (já havia dito isso há uns meses atrás)… A colheita nos EUA não foi tudo isso que estavam alardeando e os chineses estão voltando a comprar de nós… E o dólar vai a R$ 2,70… Quero ver importarem arroz chingling… Voltou a inflação com tudo!!! Salve-se quem puder!!!

  • Mais um testemunho: Plantios pré-germinado dentro do prazo mas com dificuldade de manejo (taipas arrombadas, aplicações atrasadas, etc.). Plantio no seco por 50% nesta época de fim do prazo recomendado. Oxalá siga seco nos próximos dias, pois não choveu na zona sul do estado nesta semana. Sds.

  • É seu Carlos N. Azambuja. Pimenta nos olhos dos outros parece que não arde tanto, não é? Logo quem falando em educação e respeito.
    Como eu sempre tive posição muito clara e nunca fiquei em cima do muro, às vezes tem quem não goste que eu me manifeste de forma bem clara e simples. Mas isso não é motivo para me agredir. Minha posição sempre foi a de um mínimo de intervenção do Estado no nosso negócio, exatamente porque, como estamos vendo agora, quando Ele tem estoque, o usa contra nós. Ou será que o senhor acha que o aumento de oferta vai fazer subir o preço do arroz?
    Afirmei e reafirmo com toda a minha convicção, que o governo só está podendo vender arroz agora porque antes os representantes dos arrozeiros foram a Brasília pedir para o governo comprar. Agora que o estoque está na mão dele, faz o que mais lhe interessa, e não exatamente o que é melhor para nós. Continuo achando um absurdo as vendas da CONAB, simplesmente porque o mercado não apresenta nenhum tipo de perigo de aumento preocupante de preços.
    Por outro lado, não acredito e nem me iludo com utopias. Só acho que temos outras alternativas de apoio ao nosso setor, seguramente menos nefastos, do que a CONAB comprar arroz. Mas deixo isso para discutirmos em outra ocasião. Isso se estiverem a fim de discutir educadamente, sem agressões gratuitas.

  • Muito bem Sr. Walter Arns, nunca lhe faltei com respeito e muito menos educação sobre seus comentários, não é da minha índole ofender qualquer pessoa gratuitamente (mas há pessoas que aqui comentam que precisam tomar aulas de educação). O que observo em seus comentários é que sr. acusa os produtores e dirigentes de nossas associações (Federarroz) de procurarem o governo em anos anteriores para venderem arroz, ora, está claro que erramos, neste aspecto o sr.tem razão, este arroz vendido a CONAB está se voltando contra nós, é fato.
    Mas o que é relevante, pelos menos ao meu ver, é que em vez de ficarmos remoendo erros, temos de aprender a não errar novamente, assimilando a cg….da.
    Esclareço-lhe ainda que despretensiosamente ou utopicamente como sr. diz , almejo que a classe produtiva possa um dia quem sabe, ter um pouco mais de união e adquirir maior representatividade corporativa.
    PS. O fato de lidarmos com intempéries nos obriga as vezes sermos rústicos demais, levando para as palavras posições fortes; vez por outras desnecessárias.

  • Valeu C. N. Azambuja! Agradeço seus comentários. Estás desta forma demonstrando grandeza. Acredito que é assim, que podemos construir algo a favor dos interesses do produtor de arroz.
    Creio piamente que, apesar de às vezes nos posisicionarmos de forma diferente, temos em comum o mesmo objetivo final, ou seja, buscamos o que achamos que é o melhor para a nossa classe.
    Eu só gostaria de comentar, com todo o respeito, que agredir o nosso cliente que é a indústria, não é algo produtivo. Deixa eles brigarem entre eles, pois a concorrência nesse setor, é enorme. Talvez tenhamos que, nós produtores, encontrar alguma forma de negociar melhor alguns aspectos da nossa relação, como por exemplo sobre formas de descontos, onde cada um usa de um critério diferente do outro.
    De qualquer forma quero parabenizar-te por tua manifestação.

  • É só não plantarmos mais de 1 milhão de hectares e não colhermos mais que 7 milhões de toneladas de arroz, que jamais precisaremos pedir arrego ao governo, nem dependermos das benesses da indústria… E como atingir essa meta? UTOPIA? Diálogo? Porque não?… Aumentar área e a produção somente com certeza de que os excedentes serão exportados e, que não haverá importações desnecessárias… Está mais do que na hora de produtores e industrias sentarem e conversarem sobre os novos rumos que a produção de arroz está tomando nesse País… Me preocupa a questão da inflação e dos custos… Muitos produtores e indústrias terão as suas inviabilizadas já no próximo ano… Não há mais margem para renegociação com os bancos e os juros cobrados são absurdos??? Nos tornaremos eternos devedores para bancos e o governo??? Quando é que sairemos dos vermelho??? Não podemos levar nossos embates para o lado pessoal… Para cada tapa temos que dar a outra face do rosto… Com calma, sabedoria, paciência, respeito mútuo, um dia teremos mais voz ainda…. Hoje os produtores são ouvidos, pois esse espaço atinge milhares de produtores, industriais, varejistas, representantes do governo e órgãos afins… Se isso for UTOPIA… Que possamos sonhar com dias melhores… Ou vamos plantar o quê meus amigos??? Abacaxi, laranja, uva,???

  • Ok Flavio, eu, você, e quase todos os produtores sabemos que, não plantar mais que um milhão de hectares poderá resolver ou pelo menos diminuir nossos problemas. Mas coloco algumas questões: como fazer isso em um regime de democracia de livre mercado? Ou você está pensando em termos uma ditadura onde o Estado diga o que, e quanto, você deve plantar? Surgiria nessa hipótese ainda a necessidade de os consumidores também colaborarem e não comerem mais arroz do nós conseguiríamos produzir. Além disso teríamos que encontrar uma fórmula de limitar o aumento de tecnologia, para que nessas um milhão de hectares não produzíssemos mais do que o estabelecido. Ou seja, em resumo, teríamos que fazer o que muito político populista já sonhou e não conseguiu colocar em prática: revogar a lei da oferta e procura.
    Portanto, me desculpe pela ironia, mas não “É SÓ NÃO PLANTARMOS MAIS DE 1 MILHÃO DE HECTARES E NÃO COLHERMOS MAIS QUE 7 MILHÕES DE TONELADAS DE ARROZ”.
    Sugira como se poderia alcançar esta utopia. Eu gostaria que o meu negócio não tivesse tantos riscos, tantos concorrentes, etc, mas temos que ser racionais o suficiente e encontrar fórmulas melhores do que as atuais para viabilizar nosso negócio. Uma delas é convencer o Estado brasileiro que a atividade é importante, e que todos podemos ganhar juntos se nos tornarmos mais competitivos.

  • Concordo com o Sr. seu Walter… realmente temos que nos tornarmos mais competitivos, só que nos 3 últimos anos o pessoal teve o BOM SENSO de plantar menos arroz (em torno de 1,1 milhões de toneladas e colheu 7,5 milhões de toneladas ano) e mais soja e, isso de uma forma ou de outra estabilizou o mercado, estancando o poder que a indústria tinha sobre grande parte do mercado interno (chamado arroz A DEPOSITO)… Se não fosse assim estaríamos vendendo arroz a R$ 17 ou no máximo 25, ainda… Isso mexeu com a nossa lei da oferta e da procura (que antes não existia, pois tinhamos que aceitar os R$ 17 da indústria e ponto final)… Tudo isso aliado ao aumento do dólar e a redução das importações vindas da Argentina e Uruguay mexeram com o nosso setor… Mas realmente podemos avançar… Só que o sr. já viu que reduzir tributos, preços de insumos, o pessoal não vai (governo e fornecedores), bem pelo contrário me parece que tudo está encarecendo demais … Qual a saída? Incrementar as vendas para o exterior… Aumentar o preço na gôndola… Mas dai o pessoal da indústria nacional berra que vai gerar desemprego, que o varejo vende a R$ 7,50 o pacote de 5 kg e que é impossível competir assim, etc,… O sr. como pessoa experiente e culta que é sabe que a fatia menor e queimada do bolo ainda é a nossa… Então temos que ter a consciência de que de nada adianta colhermos 10 milhões de toneladas aqui no RS se não tivermos mercado para absorver os excedentes… Nos EUA não se planta mais do que pode consumir e exportar (eles tem os cinturões e a coisa funciona lá) e não há populismo nenhum… Equilibrar a oferta e a procura interna tem sido a única forma eficiente de dar sustentabilidade aos preços… Ou o sr. preferiria estar vendendo a R$ 17 se tívessemos continuado colhendo aquele absurdo de arroz? Eu acho que é primeiro o dever de casa, depois crescer e expandir horizontes… Por isso já falei “n” vezes aqui… Tem produtor que está uma safra na frente… está capitalizado e nem ai para os demais… Mas a grande maioria está como os clubes de futebol… Ou seja, já estão com com 50% ou mais da receita do ano que vem comprometida… 1 ano atrás vivendo da receita futura (custeio, cpr, dividas com fornecedores, finames, etc)… E a indústria e o varejo e o governo sabem que esse pessoal não vai parar de plantar porque senão perderão o patrimônio… Esses dias atrás falei aqui que se o Brasil fosse um país de primeiro mundo poderíamos colher 100 milhões de toneladas e teríamos mercado e logística para concorrer com qualquer país do planeta… Mas enquanto isso não acontece temos que nos virar com as armas que temos… O pedido pode ser vago… Pode… Mas é de BOM SENSO que os produtores precisam até que a casa tenha um teto !!! abraço.

  • Prezados comentaristas! Este tema é bastante complexo, pois além de trabalharmos produção e produtividade como trabalhamos até aqui, temos que trabalhar o comércio e o consumo. Se não tivermos comércio não adianta nem produzirmos ou ainda, é uma lástima termos que colocar o pé no freio da produção, pois o consumo somente para a hora do almoço é limitado. A não ser que trabalhemos outras formas de uso para o arroz. Somos inteligentes, temos pesquisa, então é o caso de botarmos as mãos à obra! Alcool de arroz mais o DDGS – este para a engorda do gado, biscoito, bolacha etc. Claro está, que precisamos trabalhar além da produção e consumo, o financeiro, o ambiental, o pessoal etc. Com certeza, chegaremos lá!

  • Me desculpa Flavio, mas achar que a lei da oferta e procura vale só quando achamos conveniente não é razoável. Tu mesmo falaste de forma bem clara que o preço do arroz caiu porque produzimos demais. Isso significa portanto, que o preço caiu, exatamente porque houve excesso de oferta. Depois disso tivemos todos os anos algum tipo de problema ligado ao clima, o que diminuiu a produção de arroz nestes últimos anos. O bom senso a que te referes se relaciona, a meu ver exatamente com a difícil situação do produtor, excessivamente endividado, que pensou melhor antes de pensar em aumentar sua área. Mas, repito, acho que tivemos nestes últimos anos menor produção porque houve menor produtividade, principalmente, além de falta de água puntualmente, excesso de calor, etc. E nesta safra que estamos terminando de plantar, novamente não será safra cheia, por dificuldade climática no momento do plantio. E não por causa do bom senso, infelizmente.
    Mas aquela crise enorme de preço ao menos (se é que serve para consolo), fez com que a partir daquele momento o Brasil se tornasse um importante player no mercado internacional através dos bons volumes de arroz exportados. Mas apesar disso, a partir daí, nós nunca mais tivemos bons preços unicamente porque o governo todos os anos nos ameaça e vende um pouco do seu estoque. E esse estoque todos sabemos porque existe, não é? Por culpa de reinvindicações equivocadas feitas por nossas entidades representativas.
    Veja bem, tudo o que tu falaste, Flavio, a respeito das dificuldades de descapitalização e endividamento dos produtores está absolutamente correto. Só não consigo entender como muitos colegas produtores não conseguem se dar conta do enorme mal que os estoques do governo estão fazendo ao produtor durante esses anos todos. Preferem simplesmente dizer que pior seria vender arroz a R$17,00, ou me acusarem de querer vender a esse preço. Isso não faz o menor sentido. Pergunto: a lei do preço mínimo funcionou? Se positivo, então ninguém vendeu arroz abaixo de 25? E se funcionou, ele foi distribuído de forma justa? Ou será que alguns conseguiram remunerar uma percentagem de sua safra bem maior que outros?
    Nos EUA existem programas de subsídio que incentivam ou não o produtor a plantar mais ou menos. Eu não acho que devemos copiar o sistema deles, principalmente pelo fato de nosso tesouro nacional não ter recursos para isso além do elevado nível de corrupção. Existem formas mais baratas, como uma maior desoneração fiscal sobre nosso custo final visando tornar-nos mais competitivos no mercado mundial, por exemplo.
    Faço estas colocações para a reflexão dos caros colegas

  • Seu Walter e demais colegas apenas para esclarecer,
    1) Houve redução na produtividade devido a fatores climáticos, mas houve redução de área e migração para a soja e pecuária aqui no RS (não foi só redução na produtividade não), principalmente na minha região da depressão central e na região sul… Então houve redução de área (arroz) sim, isso é fato inegável… Na fronteira-oeste e campanha ainda há um ceticismo em relação ao plantio da soja… Mas em outras regiões o pessoal que dominou a tecnologia não quer mudar mais.
    2) Houve redução de plantio na Argentina e Uruguai, aumento mínimo no Paraguai, mas com a valorização do dólar, o encarecimento do preço para importação.
    3) A lei da oferta e da procura existe, mas quando o arroz valeu R$ 17,00 não foi apenas pela produção nacional (quero dizer que há artifícios nessa história)… As indústrias fizeram de tudo para o arroz cair ainda mais, importando as pencas da Ásia, Argentina, Uruguai e Paraguai, fato esse impulsionado pelo dólar a R$ 1,56. O sr. deve lembrar bem. Se não tivessemos importado em torno de 2,5 milhões de toneladas aquele ano, e exportado menos de 1 milhão de toneladas, talvez os preços não teriam caído a R$ 17,00 e não teríamos que ter pedido arrego ao governo, que, posteriormente retirou através dos leilões, mais de 1 milhão de toneladas do mercado, o que de certo forma fez com que os preços reagissem no segundo semestre e nos anos seguintes. Sei que muita gente não conseguiu pegar os R$ 25,80 do PEP e do PEPRO naquele ano, mas no ano seguinte o arroz passou a valer R$ 26, subindo na entre-safra. Ou estou enganado?
    4) Não vejo com bons olhos a intervenção do governo no nosso negócio, mas teve um momento que a situação ficou crítica para muitos colegas, inclusive com refinanciamento de dívidas para 10 anos… Mas em dado momento onde há desequilíbrio de forças no mercado, tal intervenção se faça necessária… É pena que isso só acontece quando o produtor está mal das pernas…
    5) É por isso que falo em BOM SENSO… Justamente porque acredito que muitos produtores, em função da valorização de um (arroz) e desvalorização de outro (soja), migrem de cultura novamente, vindo a aumentar a oferta… Mesmo com o atraso, se se confirmarem a área plantada, podemos ter safra cheia sim, ainda… Esse é meu medo… O pessoal esquece fácil do passado… Dizem que brasileiro tem memória curta… E se atracar a plantar só porque deu uma melhorada nos preços pode levar a mais um desastre futuramente… Sempre disse que é melhor plantar menos, gastar menos, vender melhor, do que gastar mais, produzir mais e receber menos… O pessoal tem que ver se vale a pena o RISCO X CUSTO X BENEFÍCIO… Falta planejamento e visão de classe… É por isso que citei o modelo dos EUA… Lá se podem confiar nos dados de área plantada e produtividade esperada… Lá não é um mundo de faz de conta…
    6) Desoneração Fiscal… com o governo estadual suplicando por redução nos índices de correção da sua dívida… Com um passivo de “n” bilhões de reais, com precatório vencidos a décadas para serem pagos… Sinceramente, mas nem PAPAI NOEL conseguirá atender esse clamor… Não é deboche, muito menos sarcasmo, mas podem é aumentar impostos, isso sim… No máximo acabar com a guerra fiscal entre Estados… Mas se reduzirem sou o primeiro a engolir as palavras e vir aqui dar os parabéns!!! Não estavam querendo emplacar nosso maquinário e exigir CNH tipo C há pouco tempo atrás? O que é isso senão arrecadação disfarçada? Para tirarem de uma ponta puxam de outra… Abraço!

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