Mercado gaúcho de arroz fecha setembro com preços estáveis
Frente à igual momento do ano passado, quando estava a R$ 38,67 por saca, a retração é expressiva de 11,9%.
O mercado gaúcho de arroz, o maior produtor e principal referencial nacional, encerrou o mês de setembro com preços praticamente estáveis. No dia 25, a saca de 50 quilos valia R$ 34,08, muito próximo do dia 17, quando valia R$ 34,13. Agora, em analogia com o mesmo período de agosto,há queda de 2,6%, pois, na época, estava a R$ 34,98. E frente à igual momento do ano passado, quando estava a R$ 38,67 por saca, a retração é expressiva de 11,9%.
A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz do RS se reuniu nesta semana na sede da Secretaria de Agricultura Pecuária e Agronegócio (Seapa), para discutir assuntos específicos como a atual situação da cadeia produtiva do arroz e as perspectivas para o setor orizícola. O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, deu início à reunião sugerindo que fosse realizado um Grupo de Trabalho (GT) para apresentar o conjunto de ações da cadeia com um posicionamento que será levado a conhecimento do Governador do Estado. "Este grupo servirá para orientar quaisas reais necessidades da cadeia e para criar um plano de ação para o setor", destaca. O GT terá dois representantes da indústria, dois representantes dos produtores e dois representantes do governo.
O coordenador da Câmara Temática, César Marques, apresentou o Programa Brazilian Rice, que tem o objetivo de consolidar o Brasil como um tradicional exportador de arroz. O programa é fruto de uma parceria entre o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) e a Agência Brasileira de Promoção das Exportações e
Investimentos (Apex-Brasil) para promover a imagem do arroz brasileiro no exterior, capacitar as empresas para a exportação, desenvolver estudos dos mercados alvo e participar de feiras e rodadas de negócios.
O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul, Henrique Dornelles, apresentou a evolução dos custos de produção nas últimas sete safras. "O produtor está com problemas com o atual modelo, principalmente no que diz respeito aos fertilizantes e os agroquímicos", acredita.