Mercado interno avançou 8,8% em novembro
(Por Planeta Arroz*) O Indicador do arroz em casca Cepea/Irga-RS (58% de grãos inteiros, com pagamento à vista) em novembro fechou com valorização de 8,84%. Este contexto altista está atrelado à boa performance das exportações de arroz em casca. Compradores brasileiros demonstram preferência em negociar o cereal que já foi entregue em suas unidades (em detrimento do disponível para retirada na propriedade do produtor), diferentemente do observado em semanas anteriores.
Isso se deve aos bons volumes armazenados da matéria-prima, à firme pedida de orizicultores e ao encarecimento do frete.
Unidades de beneficiamento também estão preocupadas com a comercialização do arroz junto a atacadistas e varejistas, devido aos custos mais elevados para aquisição da matéria-prima, visto que isso afeta as margens e transmissões de preços entre os elos da cadeia produtiva. Do lado de produtores, alguns indicam que devem voltar a negociar apenas em 2023, enquanto outros ofertam no spot, mas a preços bastante elevados.
RITMO INDUSTRIAL
Dados do IBGE apontam que o beneficiamento de arroz e a fabricação de produtos a partir do cereal no Brasil aumentaram 15,9% em outubro/22 (informação mais recente) frente ao mesmo mês de 2021. Na comparação entre os primeiros dez meses deste ano e o mesmo período do ano anterior, por outro lado, a baixa é de 0,40%.
CAMPO
A semeadura da safra 2022/23 alcançou 98% da área até 1º de dezembro no Rio Grande do Sul, de acordo com dados da Emater/RS. Em relação aos demais estados produtores, dados da Conab apontam que 99,5% da área havia sido semeada até 26 de novembro em Santa Catarina, 73% em Goiás, 65% no Tocantins e 4% no Maranhão. Na média nacional, o cultivo alcançou 85,2% da área, 6,9 pontos percentuais à frente do registrado no mesmo período de 2021. (* Com informações do Cepea/Esalq)